quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

E ainda sobre os novos programas...

Muitos comentários que se vêm em discussões sobre os novos programas para o ensino secundário são preocupantes.
Li alguns comentários feitos por alegados professores e explicadores que revelam ou um desconhecimento sobre o programa de que falam, ou mais grave, desconhecimento científico.
Alguns dos comentários são tão maus que tenho de duvidar da qualidade desses docentes ou mesmo que o sejam.
Por razões óbvias não vou identificar ninguém nem os comentários. Fico preocupado por tornarem visíveis as lacunas de supostos profíssionais da Matemática, que acabam por ser transmitidas aos alunos.

Nem vou dizer se os comentários preocupantes são a favor ou contra os novos programas... Um docente ou explicador nestas condições poderá afectar negativamente os alunos, independentemente de estarmos perante programas antigos ou novos.

Portanto só tenho a sublinhar: PENSEM antes de falar ou de publicar seja lá o que for.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Tenho de insistir...

Continuando a ler opiniões na internet, tenho de insistir: no que diz respeito a praxes, mandem as associações académicas passear.
Todos os anos há abusos.
Se querem integrar os caloiros, o que até acho muito bem, pensem noutras formas que não envolvam rituais de praxe.
Vejo muito parvo a dizer "acabar com as praxes não é solução".
Não é solução exactamente porquê? Porque existe estatuto "anti-praxe"? Não me venham com essa porque quando querem, vocês conseguem ser muito sacanas com os "anti-praxe".
Acabem com essa estupidez de vez!
Por todo o país, há algumas recepções ao caloiro que merecem o meu aplauso, mas muitas (a grande maioria) só merece que eu me interrogue sobre o civismo, ou mesmo a própria humanidade de quem as pratica.

O conceito de DUX, para mim é estranho. Dar um título à pessoa com mais inscrições na instituição?
Isso só deve ser considerado "bom" quando se trata de uma pessoa que anda a fazer vários cursos e vai tendo aproveitamento em todas as cadeiras em que se inscreve. Agora alguém que, por exemplo, leve 15 anos para fazer um curso de 5... não deve ser incentivado, a menos que se passe algo de bem estranho e anormal (...)!
Um DUX que em 1.5 vezes a duração do curso não tenha feito grande parte do curso só por andar na borga não merece qualquer tipo de homenagem, nem ter qualquer palavra na forma como devem ser recebidos os caloiros, que vendo bem, são seres humanos.

A filosofia "eu fui praxado, portanto, tu também hás de ser" que reside no subconsciente de muita desta gente, tem de mudar, ou vamos continuar a ver abusos todos os anos.
A melhor solução é por um fim legal às praxes académicas.
Não me venham com a treta de "Não se pode tirar liberdades"... porque, na verdade estão a dizer que as pessoas são livres de tratar os outros abaixo de cão. Praxes académicas legisladas? Nem pensar. Acaba-se com isso e inventa-se outra coisa mais adequada ao século XXI e a seres humanos humanos.
(Sim, humanos ao quadrado)

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Sobre um artigo no Jornal da Madeira....

Sendo o Jornal de Madeira um jornal de distribuição gratúita na região, acabo por folheá-lo de vez em quando e ler alguns artigos.

Hoje deparei-me com este artigo (que na prática é publicidade gratuita)...
Uma coisa que as pessoas devem ter em conta quando procuram explicações, para além do preço, é o número de pessoas dentro da sala de aula...

Se é necessário explicador para ter boa média no secundário? Não, não é!
Eu não tive explicador e tive 20 em Física e também em Matemática...

Deve recorrer a explicador quem tem falta de bases, quem não tem hábitos de estudo regular e quem tem dificuldades na disciplina(estudar de véspera não deve ser considerado estudo regular, mesmo que regularmente estude de véspera...)
E sim, quem quiser notas altas e não as conseguir sozinho, também deve recorrer a um explicador..

Mas dizer que sem explicador não se consegue.. não exageremos!

Praxes académicas II :Daqui e dali...

Hoje li e ouvi umas coisas ao circular pela internet.
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2014/01/27/emidio-guerreiro-diz-que-incidente-do-meco-nao-e-praxe-academica


 TSF - Bruno Nogueira : Praxe em Janeiro

domingo, 26 de janeiro de 2014

Praxes académicas? É preciso morrer alguém...?

Os meus colegas de licenciatura, se ainda se lembrarem poderão testemunhar que eu era anti-praxe.
Ao longo dos anos fui vendo sucessivas praxes... umas com piada e outras que pareciam algum tipo de prática que visa humilhar recém-chegados ao ensino superior.
As últimas são aquelas que me fazem continuar a não concordar com esse estúpido ritual.
Todos os anos há excessos, e há sempre algum estúpido a considerar isso normal.
Vejo gente a manifestar-se contra touradas, contra matança do porco na Madeira, mas não vejo nada de relevante contra as praxes a não ser quando acontecem desgraças.

Agora, há suspeitas de que o que se passou no Meco há pouco tempo está relacionado com as praxes...
A minha posição é a mesma de quando fui caloiro: São um ritual estúpido e deviam ser oficialmente proibídas. Nada de meios termos: deviam ser tornadas ilegais mesmo! Acabam-se os problemas.
E já agora, impõe-se uma disciplina de Educação Cívica, obrigatória em todos os cursos (nem que seja em substituição de algumas outras que na realidade só servem "para encher chouriços").
Há outras formas de receber os caloiros, e certamente sem qualquer forma de humilhação (um novo conceito de praxe?)
As pessoas vão para o ensino superior para tirar um curso superior.
Se de facto, as mortes no Meco resultaram de um ritual de praxe... Alguém tem de ser responsabilizado por isso, e têm de ser tomadas medidas por forma a que nada semelhante se volte a passar neste país!

Mas, vendo bem... neste país a maioria das pessoas está-se sempre nas tintas até que lhes cheguem consequências negativas, o que na verdade é um dos grandes motivos de termos a classe política que temos e a dívida brutal que temos...
É preferível falar do Cristiano Ronaldo, dos jogos roubados a favor da equipa A ou equipa B no futebol e não se chatear enquanto nos lixam a vida.

PS: Não tenho nada contra o Cristiano Ronaldo... muito pelo contrário, é um excelente profíssional, que é um exemplo para todos: dedica-se com unhas e dentes ao que faz.
Tenho é contra uma sociedade que permite que lhe atirem areia para os olhos, que permite praxes académicas que violam direitos humanos e que não passam de rituais bárbaros.

Sinceramente... vão mas é gozar outro!

Acabem com as praxes académicas humilhantes, recebam os caloiros de forma digna! Manifestem-se e façam alguma coisa! Comecemos a mudar este país, para melhor!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Feriado municipal...

De todos os feriados que inventaram, este é aquele que eu dispensaria.
Quando há tempos atrás estavam a decidir que feriados deviam ser suspensos deviam ter pensado nos municipais...

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

E vivam as novas tecnologias...

O cartão microSD que uso no meu tablet morreu.
Felizmente costumo ter cópias de segurança das minhas coisas, mas não deixa de ser uma bela chatice...
Até ter um cartão novo, a solução é a teoria do desenrasque (um cartão mais pequeno que vai sendo escrito e apagado conforme as necessidades)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Sobre o "amor à camisola"

Nos últimos 20 anos tenho assistido a muitos argumentos onde se invoca o argumento do "amor à camisola".
O amor à camisola tem-se quando se pode, e quando se justifica. Por exemplo, que um aluno vá gabar a sua universidade fora desta justifica-se quando a universidade faz um bom serviço, e assim o próprio aluno até se voluntaria para acções levadas a cabo pela universidade.
Um aluno que seja constantemente prejudicado, obviamente não o vai fazer, e muito provavelmente até dirá: "não venham para aqui, ...", justificando as suas razões.

Em Portugal, quando olhamos para os nossos políticos, sente-se muito pouco amor à camisola (...)

Só a título de exemplo...: «Qualquer dia querem» que o líder parlamentar do PS «ande de Clio».
Aliás, o amor à camisola nunca nos teria deixado o país neste estado.
Os números reais são assustadores, e a estúpida solução do estado resume-se a aumentar impostos!
Para gerir o país não precisamos de pessoas interessadas nas aparências, mas sim em pessoas com amor ao país. Um tipo de amor à camisola.
Sobre o falecimento de Eusébio, que foi uma das figuras mais notórias do futebol português, e que conseguiu fazer destacar o nome de Portugal, a posição de Mário Soares foi muito infeliz. (Li recentemente um texto de um antisoarista com o qual tenho de concordar plenamente).
Cada vez mais parece-me que Mário Soares não tem grande amor à camisola... e raramente o teve.

Neste preciso momento, sobrevivo com o dinheiro de "biscates" e explicações que apesar de todas as reclamações que ouço, são muito mal pagas...nunca dei explicações tão baratas na vida, e sinceramente, não volto a praticar estes preços!
Compreendo que a vida está cara, mas eu preciso de sobreviver, e não sou um badameco qualquer, sou explicador, e muto bom! Matemático, e também razoavelmente bom! Abandonei dois mestrados sim... mas fazem ideia em que condições?(uma leitura em posts antigos deste blog revela algumas dessas situações)
E já agora que notas tive nas cadeiras desses mestrados?
Onde me meti sempre estive entre os melhores, sendo muitas vezes o melhor.
(Desculpem-me lá, mas hoje não dá para ser ser modesto. A modéstia ajuda a morrer à fome)
Quando me pedem alguma coisa invocando o amor à camisola. como já o fizeram muitas vezes no passado, sou obrigado a responder: "o amor à camisola não me paga as contas", ou simplesmente "não me pagam para isso".
Ás vezes faço favores, mas sou obrigado a  dar prioridade aos serviços mais bem pagos.
Isso não faz de mim um mercenário. Faz de mim um sobrevivente.
Reparem que por exemplo, nunca mais publiquei um post matemático aqui no blog.
Falta-me tempo. Essencialmente porque redigir um texto matemático correctamente em LaTeX, sem falhas lógicas no texto requer tempo e atenção (reparem que até para fazer revisões de texto aqui neste blog é preciso tempo que às vezes não tenho e acaba por sair disparate... para expor uma ideia rigorosa, as coisas não podem ser assim).
O bom senso proíbe-me de andar a digitalizar páginas com cálculos e raciocínios meus, mas... mas....

Querem protestar? A minha tabela de preços para explicações a partir de Outubro de 2014 é esta:
Até ao secundário: preço médio de 5€/hora por aluno (e não 5€/aula ou 5€/semana...) Superior: 10€/aula por aluno com possibilidade de descontos em situações especiais (porque os bons resultados devem ser premiados).
Se alguém precisar de explicadores agora para o 2º trimestre e já estiver disposto a estes preços...
Merece toda a minha atenção: Comtacte-me :)
Para serviços matemáticos (modelar um problema, resolver, optimizar, implementar informaticamente... a situação tem de ser analisada primeiro para depois poder ser feito um orçamento inicial "por cima"(por excesso).

O amor à camisola tem-se quando se pode e se quer, e não quando é pedido.
"Amor" à força soa a violação!

Bom princípio de 2014.

Para quem acompanha os meus posts matemáticos, vou tentar concluir alguns dos vários assuntos que deixei pendentes..
Para quem espera há alguns meses pelo princípio das "CarlosPaulices no Espaço-Tempo"... os disparates devem começar até Fevereiro pois, o texto vai sendo calmamente escrito no meu tablet, nas viagens de autocarro, em intervalos inter-explicações, junto com cerca de dois universos de ficção científica, que darão origem a histórias que eu gostaria de um dia, publicar...
Mas, algo que considero fundamental antes disso: Quero a barraca "Acordo Ortográfico" morta, cremada e que até as cinzas sejam apagadas da existência..
Recuso-me a escrever textos em acordês mesmo se o acordês se tornar obrigatório!
Este blog recusa-se a utilizar o Acordo Ortográfico de 1990