segunda-feira, 30 de junho de 2014

As coisas que se lêem e as suas consequências.

O meu pequeno texto de Sábado sobre o limite considerado "universitário", deve ter sido o texto mais visitado dos últimos anos.
Recebeu vários comentários que o bom senso obrigou-me a não autorizar a publicação.
Alguns dos comentários eram acusações sem sentido, outros apontavam supostas falhas do sistema educativo, outros... enfim,.demonstravam a ignorância de quem os escreveu.
Finalmente acabei por proibir mais comentários nesse texto.
Eu simplesmente apresentei uma resolução de um limite, que apenas exige conhecimentos que são, ou deviam ser obtidos no ensino secundário, com os actuais programas (em vigor há vários anos), para refutar uma afirmação feita numa notícia.
A afirmação é grave porque quem está fora do assunto pode acreditar mesmo que estão a sair conteúdos de nível universitário nos exames nacionais! Tal não é verdade! Pelo menos, ainda... e para bem dos nossos alunos espero que nunca!
O problema é que uma notícia destas também é lida por alunos e encarregados de educação! E agora? A quem cabe a responsabilidade de informar que a notícia é um autêntico disparate?
Se esquecermos a irresponsabilidade da afirmação e o que está em jogo a situação é bem anedótica...e garanto que dei umas boas gargalhadas quando li a notícia pela primeira vez.
É como dizer a uma criança saudável de dois anos, que exigir que ela deixe de usar fraldas só faz sentido quando ela tiver mais de 18 anos... É óbvio que aos 18, é suposto não usar fralda... mas também é suposto ter começado muito mais cedo!.

Ainda tenho umas migalhas de esperança de que a afirmação tenha sido mal percebida pelo jornalista, que o suposto autor não tenha dito tal disparate.
Quando o fluxo de comentários disparatados/reprováveis cresceu, optei por ir ao site da notícia remover o meu comentário com um link para este blog.
Para meu azar, não consegui remover um dos meus comentários...

Com sorte, muitos desses leitores não voltarão.
Como certamente terão notado, neste blog, também deixei de aceitar comentários escritos ao abrigo do imposto Acordo Ortográfico de 1990.
É o meu protesto contra a ditadura que se vive em Portugal, onde o prestígio e uma economia manipulada são mais importantes do que um povo.
Não reconheço ao estado português o direito de me impor essa escrita artificial, e não a aceitarei aqui.

sábado, 28 de junho de 2014

Um limite "que só se dá na universidade"...

Em http://www.noticiasaominuto.com/pais/240734/alunos-obrigados-a-calculo-universitario-em-exame-nacional este limite foi classificado como "universitário"....


Eu não quereria um professor que considerasse isto "um limite que só se dá na universidade" para nada, pois sugere, no pior dos casos, incompetência...
Espero ver um desmentido em breve, pois tal afirmação é muito grave!

PS:
  • Apresentei uma possível resolução. Existem outras... se consultar os critérios de correcção do IAVE encontrará mais uma, que também nada tem de "universitária".
  • Não conheço a "Associação Portuguesa de Matemática" da notícia. Conheço a Associação de Professores de Matemática (APM) e a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM). Não confundam as duas! (A má qualidade desta notícia faz-me desconfiar de muita coisa.)
  • Pode-se mudar de canal?

Pode-se mudar de canal?

Todos os anos assistimos à mesma telenovela. Seja nos exames (de Matemática) de  12º, seja nas provas finais de 4º, 6º ou 9º, ou mesmo em testes intermédios, as variações são poucas.
A culpa é um pouco da comunicação social e da falta de bom senso de muita gente.
Há os que acham o exame excessivamente difícil, os que acham que foi fácil, os que acham que foi adequado, os que acham que foi inadequado... Há para todos os gostos.
No caso da Matemática temos tido duas organizações a emitir opiniões que deviam ser tidas em consideração: A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) e a Associação de Professores de Matemática (APM).
Desde há alguns anos que a APM tem emitido algumas opiniões (felizmente não todas) que me deixam perplexo, e que não deviam vir de quem está a ensinar Matemática.
A SPM tem conseguido emitir opiniões mais equilibradas e a meu ver justas (pelo menos que eu me lembre, até hoje não tenho visto muitas com que eu possa discordar).

Tem-se combatido muito a memorização e apostado no raciocínio... Concordo com a aposta no raciocínio mas não compreendo o porquê deste combate à memorização. A memorização deve fazer parte da formação em Matemática. Não é prejudicial a ninguém saber as tabuadas, a fórmula resolvente ou mesmo as fórmulas de áreas e volumes. Discordo que sejam coisas que só interessem a matemáticos! A memória deve ser treinada! Penso que as únicas pessoas a quem interessa um povo de memória curta são as pessoas de certa classe política!
Acho ridículo ver a fórmula resolvente ou mesmo a fórmula fundamental da trigonometria num formulário de 9º ano. Os alunos deviam treinar essas coisas até saberem as fórmulas!

Posso dizer o mesmo sobre as fórmulas de limites, de derivação, de trigonometria, e mesmo as fórmulas de De Moivre para os alunos de Matemática A no final do 12º ano.

Há anos que andamos a "brincar" à Matemática, nivelando por baixo o que os alunos devem saber.
A falta de exigência no ensino dá-nos boas estatísticas mas alunos com uma formação (muito) deficiente.

Todos os anos chegam-me alunos a pedir explicações porque não estudam, de repente apanharam um professor mais exigente, mas muitas vezes bom professor,  e esperam que a explicação faça o milagre de compensar a falta de estudo...

A mentalidade do facilitismo, dos resultados com pouco esforço e com pouca exigência é que tem de mudar em Portugal.
Não confundam facilitismo com aprendizagem!

Voltando ao assunto inicial, a novela das opiniões sobre exames não passa de uma telenovela estúpida, onde se vê gente a falar com base em opiniões que leu, ou ouviu, mas sem ter conhecimento de causa, gente que  emitiu uma opinião por razões "políticas", gente que diz que é difícil porque na verdade, não fez o seu trabalho, gente para quem é sempre acessível e equilibrado porque não avalia todas as componentes... por isso não gosto de dar opiniões sobre os exames.
Obviamente que para um professor/explicador/matemático decente são sempre fáceis.
Mas temos de ter em conta as pessoas a quem os exames estão destinados e dar pouco peso a como correu o ano lectivo ( porque que muda de escola para escola, de professor para professor, e até de aluno para aluno, isso é outra história que deve ser avaliada à parte..).

Nos últimos anos, sem dar por isso (cof cof cof) muitos professores habituaram-se à política do facilitismo, e portanto não é de admirar a frequente divergência de opiniões entre APM e SPM...

Em Portugal o problema da Matemática é e sempre foi cultural... mas isso (também) é outra história.

PS: por exemplo esta notícia: http://www.noticiasaominuto.com/pais/240734/alunos-obrigados-a-calculo-universitario-em-exame-nacional é um autêntico disparate! (ver aqui).

quinta-feira, 26 de junho de 2014


Isto é algo que muita gente ainda tem de compreender...

Patrocínio...

Penso que hoje, o jogo de Portugal deve ser patrocinado por uma companhia aérea...
Já que hoje deve ser o último jogo de Portugal no Mundial... (sejamos realistas as probabilidades estão contra Portugal).
Vou partilhar isto:



segunda-feira, 23 de junho de 2014


Se (muitos dos nossos políticos) podem dizer tantos disparates acerca do acordo ortográfico eu também posso dizer que recuso-me a remover iniciais do meu nome seja lá de que palavra for.
O meu nome é Carlos Paulo!

sábado, 14 de junho de 2014

...porque parar é morrer...

Uma das coisas em que ando a trabalhar actualmente na minha CASIO Algebra fx 2.0 plus [e também em Canvas (HTML5) ]...
Your browser does not support the HTML5 canvas tag.
0
naturalmente... associado a um problema bem mais sério e interessante :)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Confiar na cloud e em certos informáticos dá nisto...

Tenho o jogo Injustice: Gods Among Us no meu tablet
  

Um jogo com vários personagens da DC Comics parece algo promissor... mas tem vários problemas, tanto na versão Android como na versão Ipad.
O problema que já me afectou mais do que uma vez foi o de, o jogo crashar e de repente, quando eu regresso ao jogo, ter perdido TUDO, ou seja, ter de recomeçar o jogo do zero.
Supostamente o jogo faz backups automaticamente na iCloud!
Bem, da última vez que confiei na iCloud vi isto:(clicar para ver em versão maior)

Sim! 29 dias, QUASE UM MÊS! ("O iCloud".... outra queixa que eu tenho é de o único Português disponível ser o do Brasil)

Bem, o jogo tem uma componente PAGA, em que os jogadores podem COMPRAR, com dinheiro REAL, créditos para utilizar no jogo. Quando o jogo se perde, os créditos também se vão, e pelo que se pode ver na imagem anterior... bem...os últimos dias vão ao ar...(eu não gasto dinheiro, mas depois de ver isto e ter lido vários comentários online, tenho pena de quem gasta)

Para jogar este jogo e não me chatear, costumo mudar o idioma do meu tablet para Inglês (Desculpem-me brasileiros, para mim Joker é Joker e não Coringa, e Harley Quinn é Harley Quinn e não Arlequina)
A decisão de deixar o idioma no idioma "padrão" do sistema é uma das mais infelizes pois o Português de Portugal e o do Brasil são bem distintos, e o único Português disponível é o do Brasil
(Tendo em conta as diferenças e a dimensão do Brasil... porque não chamar-lhe "brasileiro" em vez de português? Até deixam de haver coisas estúpidas como "Acordos" Ortográficos...)
E quando a backups.. eu uso uma aplicação chamada Helium que faz backups sem requerer "root"/"jailbreak", e que funciona melhor que a porcaria da iCloud disponível no jogo...

(se duvidam dos problemas que apresento, façam uma pesquisa pela internet...)
Com o Helium.. recuperei para o último backup.. que fiz antes de ontem no meu cartão microSD...

Isto é só um jogo... Agora imaginem que era alguma coisa bem mais séria!
Confiar na cloud seria perder os dados!

E já agora... Por os tradutores brasileiros baptizarem todos os personagens como lhes apetece, o pessoal do resto do mundo lusófono tem de engolir essas traduções?

Definitivamente, BD da DC Comics para mim, só mesmo em inglês!

sábado, 7 de junho de 2014

They don't care about us...

Esta conversa sobre primárias no partido socialista...
Esta classe política que temos...
Na verdade... Como já cantava o Michael Jackson: They don't really care about us
Sejamos realistas. Estão mesmo à espera que António Costa seja o D. Sebastião que vai salvar Portugal do buraco em que está metido?

Mudando de cenário...
 Não consigo deixar de notar que o videoclip parece ter sido gravado no Brasil, onde está actualmente a ser organizado o Mundial de Futebol de 2014.
Tendo em conta várias imagens que me chegam pela internet, espero que o governo brasileiro seja suficientemente competente para conseguir aproveitar este evento (e também brevemente os Jogos Olímpicos)  e  arrecadar receita suficiente para melhorar as condições de vida de muita gente...

Isto de organizar um evento para ficar bonito para os outros... Faz lembrar Portugal com o Europeu de 2004 ou a Expo98, mas.. e depois dos eventos? A vida continua...

...They don't really care about us...

Os nossos políticos vivem para as aparências e para o prestígio. Nada mais...

...They don't really care about us...

E já agora, acham mesmo que são só os políticos?

PS:Grande música! Michael, um abraço, estejas onde estiveres!
Este blog recusa-se a utilizar o Acordo Ortográfico de 1990