segunda-feira, 15 de julho de 2019

A regra de Chain (II) : para o diabo com as traduções!

Quando se estuda Matemática, ou ciências em geral, recomendar traduções costuma ser péssimo.
Lembro-me de ter visto uma vez, numa tradução, a simpática versão do teorema de Morera que dizia essencialmente que
"Se uma função é contínua então é contínua".

Ou da minha velhinha versão dos Cálculo do Tom M. Apostol com algumas traduções de exercícios tão más que tive de recorrer aos livros originais.

Definitivamente NÃO!

E finalmente esta:

(pode clicar na imagem para ir ter ao site original)

Alguém que tenha usado este livro, e apenas este livro... e ficado com a designação "regra de Chain", também não é alguém muito inteligente:
É como um juiz que dá um veredicto tendo ouvido apenas uma versão da história!

Por melhor que seja um livro, tentem ficar com a versão original, evitem traduções!
Abrir uma excepção para línguas que não se fala ou não se domina não é lá boa ideia, a menos que se tenha outro livro original, no nosso idioma!
Eu tenho um livro de electromagnetismo, uma tradução, da fundação Calouste Gulbenkian, onde "paralelepípedo" foi traduzido para paralelogramo.  (really)

Não interessa quem faz a tradução, nem quão bom é. Erros acontecem, e já bastam as gralhas das versões originais!
 (Para que raios anda um matemático a ler electromagnetismo? Todos os matemáticos deviam dominar Mecânica, Termodinâmica, Electromagnetismo... e a prova de Física e Química A devia ser obrigatória em todo o lado para a entrada num curso de Matemática)

A melhor dica ainda é sempre: nunca se limitar apenas uma fonte, e em Portugal: evitar traduções português-br!
E obviamente, no Brasil, evitar traduções português-pt ou português-eu. Façam as editoras estrebuchar!
Até porque no Brasil não se usam as mesmas designações que em Portugal
Os montes de esterco, (sim, montes de esterco, merecem e muito essa designação) que nos impuseram o acordo ortográfico querem lá saber.

Sem comentários:

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