sexta-feira, 26 de abril de 2019

Eu recuso!

A partir do ano lectivo 2019/20 não aceito em explicações de disciplinas de Matemática para os cursos de gestão e/ou economia alunos que não tenham frequentado e tido aprovação em Matemática A no ensino secundário.

Recusarei igualmente alunos que tenham entrado no ensino superior sem ter feito exame. (Nomeadamente alunos do ensino profissional que entraram no ensino superior)

Igualdade e justiça são coisas bem diferentes. O trabalho que uns e outros dão é bem diferente!

ISAL (Madeira) : Grupos mínimos de 3 alunos e todos devem ter feito Matemática A (serão testados, e dispensados em caso de "chumbo" ou recusa a serem testados). Esta será a minha atitude para cursos onde se entra com exame que não seja de Matemática A.

terça-feira, 23 de abril de 2019

A lei de Paulo (2)

Recentemente, em vésperas de frequência, uma explicanda, pediu-me algumas explicações em horário diferente.
Depois de marcadas, recebi mensagem. Tinha de ser num centro comercial porque ela "não gostava da rua..." (hã?! Nem a explicanda nem a sala são "novas")
Naquele dia em particular, eu tinha mesmo de ficar no meu escritório de explicações.
Mas esperem lá! Eu dou explicações num escritório e não na rua. Respondi que não podia sair dali e que dou explicações naquele lugar há anos, que o lugar era seguro.
Recebi a resposta que se as explicações eram ali ela não ia aparecer.

Em vésperas de teste...
Alguém vem-me com esta conversa, que mais ninguém tem?

Olhei para o quadro e para uma pilha de folhas cheias de esquemas e cálculos e lembrei-me do meu tortuoso percurso até àquele dia.

Ok, se a prioridade não é a Matemática, e não confia em mim quando digo que o local é seguro, só tenho uma coisa a fazer: cancelei todas as explicações e 'dispensei' a explicanda de vez.

Prioridades erradas + impertinência = procura outro (o que não faltam são explicadores).

 É outra das minhas "leis".
PS: Sinceramente, eu trabalho ali há quase uma década.
No piso de baixo, funciona um escritório de advogados.
Nunca houve problemas de segurança para os meus explicandos, e eu nunca poria ninguém em risco.
Foi a única pessoa que tentou colocar o local em questão, e ainda teve a lata de transmitir aos colegas que eu não aceitava mais explicandos porque "estava cheio".
Chama-se a isso manipulação. Afinal a 'dispensa' já era merecida há vários meses.

terça-feira, 16 de abril de 2019

A lei de Paulo (1)

1 - Não corras risco de vida para satisfazer os caprichos de alguém para quem és descartável.

As pessoas não têm de compreender as minhas regras nem as minhas decisões.
Mas se querem trabalhar comigo, vão ter de confiar em mim, respeitar-me e às minhas regras.

Se realmente precisam de mim ou dos meus serviços, vão ter de respeitar-me a mim e ao local de trabalho, caso contrário, adeus.

PS: as minhas regras não são caprichos meus.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Limites psicológicos.

- "Toma este programa de calculadora, resolve-te isso passo por passo e ajuda-te a detectar  e corrigir erros".
- "Não posso usar a calculadora no teste/exame"

Não sei se deva ficar ofendido por acharem que estou a propor "batota" no exame se devo achar que não sei falar português.

Obviamente que tenho cuidado com o que passo para os alunos:
3 regras básicas:
Nunca se passa um programa
  • Que infrinja as regras de avaliação
  • Sem qualquer tipo de utilidade
  • Para alguém que não saiba se desenrascar sem o programa.
 As regras são minhas, e na verdade, procurando na Internet, encontra-se de tudo.
O "modo de exame" e os exames de dois cadernos vieram equilibrar as coisas.
Por outro lado...
Se fui eu que escrevi o meu programa, não copiei código de lado nenhum, não terei direito a usá-lo numa cadeira onde é permitido o uso de calculadora?

PS: Eu só distribuo material que eu produzo.
E algum é só meu, só para mim e tem algumas protecções para evitar abusos/cópias não autorizadas.

domingo, 7 de abril de 2019

Bugs

Hoje pela manhã, detectei um bug no Brainy. Ao tentar resolvê-lo ... houve um acidente na caixa do disco onde está instalado. -_- lá vou eu à Worten gastar  dinheiro.
Ao atravessar a rua Fernão de Ornelas vi imensa gente a pedir esmola.
Não estou a falar de um ou outro. Mais de 6 pessoas, numa das principais ruas do Funchal.
Que se passa?!

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Chegou a altura de dar um murro na mesa

Ando a ver blogs, canais de youtube, contas facebook... etc.
Na era da Internet toda a gente tem coisas a dizer.
Toda a gente acha que  a sua opinião conta.
Que é importante.
E as pessoas são suficientemente arrogantes para acreditar que a sua opinião deve ser imposta às outras.

...Por mais estúpida que seja!
E isso preocupa-me. Este tipo de "democracia" permite que alguém que não perceba nada de ciência, proclame que a Terra é plana, e arranje seguidores.


Há culpas a distribuir, mas, sistemas de ensino que permitam a proliferação destas ideias, são sistemas de ensino que têm problemas pouco saudáveis.


Anda muita gente a discutir aprendizagens, programas de disciplinas, métodos de ensino.  Noto muitas coisas, mas raramente vejo ali alguém a fazer análises sobre o que se vai passar num futuro a longo prazo.
Sobre a verdadeira necessidade de um aluno aprender o assunto A,B ou C.
Há coisas que têm de ser transmitidas, sob o risco de o conhecimento se perder.
Isto lembra-me que parto-me a rir quando vejo documentários onde atribuem "conhecimento perdido" a extra-terrestres.
Perdeu-se o conhecimento de algo que foi feito por humanos, e a estupidez, também humana, por não compreender, atribui, irracionalmente, o conhecimento a extra-terrestres, deuses...

Quando um aluno me chega e percebo que apenas quer mecanizar resoluções sem perceber porque funcionam, mando-o "passear".
Porque posso e porque sei que daquela forma acaba mal.
Não faltam explicadores. Vão chatear outro.

Nem todos são como eu.
Vejam esta coisa bastante estúpida.
No 9º ano de escolaridade os alunos aprendem a fórmula resolvente.
Mas durante anos a fórmula apareceu nos formulários de exames do 3º ciclo (final do 9º ano)

Quem acha que Matemática (palavra que até tem a sua origem no verbo aprender...) se deve fazer sem memorização, é alguém que merece um insulto meu (mas vou ser mais simpático, só sugiro que vá embora e não volte a ler nada meu).
A memória treina-se. Nas outras disciplinas os alunos memorizam de tudo.
Aliás... conversando com qualquer um deles, percebe-se que têm coisas "gigantescas" memorizadas, e pouca gente nota.

Não é por uma calculadora resolver equações de 2º grau que não vou saber a fórmula resolvente! Não acho mal que usem a calculadora para isso... acho mal é que só saibam fazer isso na calculadora.

Todos os anos, sem exagero, chegam-me alunos dos ensinos secundário e superior que não sabem a fórmula resolvente, nem mesmo a função quadrática!!!

Agora que querem fazer entrar alunos do ensino profissional sem exames no ensino superior, a boa educação impede-me de escrever o que acho do assunto.

Apetece-me mesmo e vou começar a fazer testes de diagnóstico e a recusar alunos de ensino superior com base nos resultados desses testes!

É inaceitável que uma instituição admita num curso com forte componente matemática, alunos que não satisfazem requisitos mínimos e depois vão chatear explicadores.
Há cursos onde se entra com prova de PORTUGUÊS, mas exige-se que os alunos dominem cálculo diferencial...ora, há alunos que conseguem entrar lá tendo visto Matemática pela última vez no 9º ano, e nesse ano, tirado negativa a Matemática!
Eu já me dei ao trabalho de perceber como é que os alunos chegam a certos cursos e não gostei do que vi.
Não meus senhores, isto não é igualdade nem justiça. Isto é PALHAÇADA!

Desculpem-me: já não tenho paciência!
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