A lei da cópia privada: aqui o ladrão é o Estado!

Começo por sugerir que se leia este artigo da Exame informática:
http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2014-07-31-Copia-Privada-veja-aqui-todas-as-taxas-propostas-pelo-governo

Pessoalmente considero esta lei um autêntico disparate.. e mais ainda:um autêntico roubo.

Eu tenho cartões microSD nos meus telemóveis e tablet.
Sabem o que lá tenho? Fotos, pdf's com horários de autocarros, mapas e toques.
No do tablet tenho exames, livros legalmente distribuídos (por exemplo os do professor Trench),
pdf's produzidos por mim, artigos científicos e teses de mestrado e doutoramento de colegas meus (que até estão encriptadas).
Tenho ainda alguns livros antigos meus que digitalizei e ando com eles no tablet para usar em explicações, e backups de saves dos jogos que tenho instalados no tablet.

Nos meus discos externos tenho cópias de segurança de vídeos gravados com a minha câmara DV.
Para quem não sabe, o  formato DV é um formato digital quase descomprimido (é do tempo das cassetes) , portanto poucos minutos de vídeo conseguem ocupar vários gigabytes.
Alguns dos vídeos que tinha em VHS também foram guardados em formato digital nos meus discos.

Tenho algumas edições gravadas em DVDs, mas gosto sempre de ter "o original" guardado.
Tenho ainda várias máquinas virtuais com uma cópia dos meus antigos computadores, e de sistemas linux que já utilizei antes. [As máquinas também ocupam imenso... e se um dia eu copiar este computador(Linux-Debian Wheezy) para uma máquina virtual, ocupará pelo menos 100 Gb
Tenho ainda cópias de segurança de tudo o que produzo...

Isso de violar direitos de autor... Eu, se sacasse um vídeo era para ver e apagar no fim. Se mais tarde quisesse rever, faria o download outra vez.
Na realidade.. .quando quero ver qualquer coisa vou ao Youtube ou a qualquer serviço equivalente.

Eu poderia continuar... mas sinceramente acredito que a maioria das pessoas que usa equipamento de armazenamento usa-o para fins legítimos.

Na prática, isto é apenas uma forma de o estado aumentar a receita fiscal com uma desculpa esfarrapada.