quinta-feira, 16 de julho de 2015

As cicatrizes de Plutão e Caronte

Por estes dias, antes de adormecer vou ao site da NASA, à secção da Nasa TV.
Por mais interessantes que sejam as imagens de Plutão que temos visto até agora, eu gostaria mesmo de ver fotos a cores reais e não imagens monocromáticas ou recoloridas. Certamente há bons motivos técnicos para as imagens que temos tido, (por exemplo, transmissões mais rápidas), mas numa época em que tiramos fotos com resoluções bem altas com os nossos telemóveis, isto sabe a pouco.
Na verdade, recorde-se que New Horizons foi lançada em 2006 e não teve upgrades de hardware desde essa altura.
(eu podia ter lhes emprestado o meu Nokia 3650 da altura e tínhamos imagens a cores com a resolução 640x480...cof cof e "sem qualidade nenhuma" quando comparadas com as que temos visto) Estas são as "grandes" imagens de ontem:
A superfície de Plutão, revela vales e montanhas
http://www.nasa.gov/image-feature/the-icy-mountains-of-pluto

E Caronte (Charon)...também!

Nesta imagem, "as cicatrizes" de Caronte são bem evidentes. A NASA, sugere motivos geológicos para as superfícies acidentadas dos dois corpos, visto que não estão sob o efeito gravitacional de um grande planeta, como por exemplo nas luas (ou satélites naturais) de Saturno e Júpiter.
Pessoalmente tenho as minhas dúvidas. O centro de massa do sistema Caronte-Plutão está fora de ambos os planetas, e ambos exercem forças gravitacionais um sobre o outro relativamente maiores do que a Lua exerce sobre a Terra, porque a diferença de massas entre os dois é relativamente menor que a diferença entre a Lua e a Terra, mas segundo os especialistas da Nasa, não é suficiente para explicar estas imagens, pelo menos em Plutão.
Hei... os especialistas são eles!
Eu não passo de um tipo formado em Matemática, com a mania que é matemático, a dar palpites.:)
Dando um clique sobre cada uma das imagens será redireccionado para a descrição oficial de cada imagem dada pela NASA.
A NASA mostrou-nos ainda uma imagem pixelizada de Hydra, outro satélite de Plutão, e uma imagem espectral de infravermelhos que lhe permitiu avaliar a distribuição de metano e azoto congelados sobre Plutão.

Actualização:
De facto, tem de haver qualquer coisa que explique porque é que não vemos tantas crateras de impacto em Plutão, e uma explicação geológica dá essa explicação. Mas aquele tipo de terreno em Caronte, penso que é também explicável por forças gravitacionais. Estou apenas a sugerir hipóteses e naturalmente não as testei.

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