Prever o futuro não é coisa simples. No post anterior, referi o falhanço dos escritores de Star Trek - The Next Generation preverem que alguém demonstraria o "Último Teorema de Fermat" antes do século XXIV.
Alguns anos mais tarde, curiosamente, num episódio de Star Trek Deep Space Nine entitulado Statistical Probabilities, um grupo de seres humanos geneticamente modificados, com base em dados do presente (deles) tenta prever o futuro.
Usar Probabilidades e Estatística (e outra Matemática) para prever o futuro não é uma ideia nova. Por exemplo, Isaac Asimov já o tinha feito antes.
Ora, qualquer que seja o teste Estatístico, está associado a margens de erro.
No episódio de Deep Space Nine, a certa altura, deixam de acreditar nas previsões dos humanos "avançados", não por qualquer erro de cálculo, mas porque eram demasiado pessimistas. Na verdade, o tal futuro previsto tem problemas porque muitas variáveis não foram incluídas.
Aliás, vários aspectos "futuristas" do universo Star Trek têm a sua piada. Por exemplo, comparar um comunicador do James T. Kirk da série original dos anos (19)60 a um smartphone actual leva uma pessoa a pensar: "O futuro é isto? O meu telemóvel é melhor".
Ou os ecrãs dos comunicadores do século XXIV, usados nas séries Star Trek The Next Generation, Star Trek Deep Space Nine e Star Trek Voyager que têm o triplo ou o quadruplo da espessura, por exemplo, do ecrã do meu portátil.
E no caso do Star trek, há um fenómeno engraçado. Algumas tecnologias actuais foram criadas aproveitando ideias da série.
Ou seja, dando-nos uma forma distorcida de "se olhas para o futuro, alteras o futuro".
Sobre o futuro, não temos certezas. Temos intervalos de confiança, que são limitados. Temos testes de hipóteses, que dependem dos dados que temos.
E se algum dia tivermos uma máquina que permita viajar no tempo, os futuros que visitarmos, certamente não serão os futuros que viveremos (...).
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