terça-feira, 21 de novembro de 2017

Caro Pai-Natal


Caro Pai-Natal.
Sei que não existes.
Se existisses não serias o ser indecente que és.
A tua não existência permite-me falar de ti como de um elemento do conjunto vazio.

Não vou ser eu a dizer às crianças que escrever-te uma lista de desejos é perder tempo.
Tempo precioso como aquele que gasto para escrever estes disparates no meu blog.
Passei um dia a calcular limites, probabilidades, derivadas, determinantes, primitivas e integrais. Acho que pelo caminho ainda racionalizei uns denominadores, actualizei (ou se calhar estraguei) o meu linux, e uma calculadora.
Ah, não, saquei a actualização, mas ainda não instalei. 

Chamei-te indecente... porque tens ignorado sempre os meus pedidos.
Mas se calhar, a culpa é minha por pedir coisas a seres que não existem!
Repara que nem pedi coisas tipo o último dígito de pi quando expandido em base 13, ou o regresso de todo o dinheiro desviado neste país.

Escrever-te cartas... já vi que não resulta, e escrever-te um texto num blog com o reles título "CarlosPaulices no século XXI" (Um título, que, tal como eu, tem prazo de validade), também não vai resultar, mas ao menos posso usá-lo para te insultar.
Neste Natal peço-te uma prenda daquelas que nunca deste.
Não, não é uma calculadora!
Não... esquece... que se lixe, não digo que não a uma "interessante" mãe-Natal, não era isso que eu tinha em mente, mas na minha idade não vou me fazer parvo.
O que eu tinha em mente era mais... algo do tipo "felicidade, saúde e dinheiro".

Se não puder ser... manda-me só os números do euromilhões, com a antecedência necessária para os registar numa aposta e ficamos quites.
Não te faças parvo e eu passo a ser o teu melhor amigo.
Até elimino este post!
PS: este texto foi actualizado no dia 22/11/2017... ao que parece uma versão provisória foi publicada por engano.

1 comentário:

Pai-Natal disse...

Tomei conhecimento. Estou a responder para que não sobrem dúvidas sobre a minha não-existência.

Neste Natal terei esta mensagem em conta.

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