domingo, 21 de janeiro de 2018

À procura de novos rumos...


Depois de fechadas várias portas, o meu futuro tornou-se algo preocupante.
Olho com desconfiança para as propostas de emprego que me chegam ao email, depois daquele episódio em que acabei por descobrir o meu nome num pdf do tribunal de contas.
Nunca pensei em explicações como algo em que tivesse de trabalhar a tempo inteiro nem nas consequências disso.

Desistir não foi decisão fácil.
Foi provavelmente a decisão mais difícil de toda a minha vida.
As portas que se fecharam e continuam a se fechar têm puxado imenso pela minha criatividade.
Lembro-me de uma conversa com o desaparecido Ricardo Alho, de quem espero não estar a violar a privacidade ao dizer que desistiu de mais mestrados do que eu.
Ele dava explicações, gostava de Matemática... tal como eu.
A descrição da vida que me fez da vida depois dos 40 deu-me uns calafrios.
(Também deve ter-lhe dado... ele desapareceu, e não se sabe dele!)
Eu quero e acho que mereço melhor.
Publicar livros?
O que não faltam são livros... Escrever um só para ser mais um?
Gostaria de escrever um. Mas um mesmo bom. Daqueles que inspiram as pessoas ao seu melhor. A darem o melhor de si mesmas.
Só que para isso, as pessoas precisam de ter o hábito de ler.
Hoje em dia as pessoas passam mais tempo online.
Twitter, Facebooks, Snapchats, Instagrams, messengers, whatsapps... eu vejo os miúdos nas explicações, as pessoas nos autocarros... E cheguei à conclusão de que ... não gosto.
Por-me isolado no meu canto a resolver problemas não é solução.
" All of my friends have a ring on their finger, they have someone
Someone to care for them, it ain't fair, I got no one.
"
Canta o Rod Stewart .... Bem, no meu caso, habituei-me mesmo a "estar sozinho". E às vezes as pessoas aborrecem-me. Portanto... ou cheguei a velho cedo, ou ... sou um caso perdido.
Também é verdade que eu não sou propriamente a pessoa mais fácil de se lidar.
Em vez de chatear as pessoas escrevo num blog. Lê quem quer.
Não gosto de me impor a ninguém, e peço desculpa a todos os que alguma vez tiveram e um dia no futuro vão ter de me aturar.
Vou tentar não me esquecer que o meu blog existe, para eu poder publicar as minhas carlospaulices.


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