Ao escrever estas palavras estou anormalmente cansado.
Cansado... fisicamente, mas também psicologicamente.
Hoje vou mudar de assunto e falar do que fiz recentemente ao meu portátil.
Removi o disco rígido que veio com o computador, e pus outro, maior, com o dobro do espaço e instalei só o Debian 9 ( Para quem não sabe, é um linux)
Uso Debian desde 2004.
(Sim, isso mesmo, o Windows desapareceu de vez da minha vida)
O problema de um mundo sem windows está nas minhas calculadoras.
As actualizações de sistemas para as máquinas fx 9860GII-SD e CG20 foram feitas para correr em Windows.
O software de programação em Lua para a TI-Nspire foi feito para correr em Windows.
E agora, como se descalça esta bota?
Não tenho problemas em programar e enviar software para as casio, graças a ter uma calculadora com cartão SD e à outra ser reconhecida como pen ao ser ligada ao computador.
O problema das actualizações de sistema é que ainda tem de ser pensado. Terei de arranjar uma máquina virtual Windows para essas coisas?
Posso sempre repor o disco original em caso de urgência, mas eu preferia que começassem a criar formas de actualização independentes da plataforma que se usa.
Por falar em calculadoras, tenho ouvido algumas coisas engraçadas.
Tenho alguns problemas quando os alunos usam programas que fazem tudo passo por passo sem fazer ideia do que fazem.
Eu já escrevi programas que fazem coisas dessas, mas não passo para os meus alunos para evitar desleixo e chatices.
Se eu programei ... garanto que sei fazer à mão.
Proibir o uso de calculadoras programáveis com medo de cábulas é meio anedótico. Num bom teste as cábulas escritas numa calculadora não fazem diferença... E o bom aluno dificilmente as usa.
Um teste em que o uso de uma calculadora cheia de cábulas faça diferença deve ser considerado um mau teste.
Não gosto muito que os alunos fiquem dependentes de cábulas... demonstra algum desrespeito pela área do conhecimento.
(quanto ao desrespeito pelo sistema de ensino... não vou falar disso)
Também não acho piada a calculadoras não programáveis porque no fundo, são calculadoras que não são personalizáveis.
No final do século XX e no século XXI, saber programar deve ser tão importante como falar uma segunda língua.
Lembro-me de muitos comentários idiotas de muita gente ao ver os meus programas de calculadora.
Não, não sou informático. Não sou nem nunca quis ser um.
Gosto que as minhas máquinas "me obedeçam" e me facilitem a vida.
Sou e sempre fui um homem de ciência(s).
Assim sendo, não é difícil compreender que, sendo eu matemático, prefira dar explicações de Física ou mesmo Físico-Química em vez de por exemplo, MACS.
Entre um aluno que típicamente, fugiu de Matemática e um que prefere ciências... prefiro o segundo.
E ponho Matemática B quase no mesmo barco.
A partir de Agosto, vou passar a "escolher" os alunos.
Alunos desinteressados, a mim também não interessam.
[Que raio de aluno procura explicações se não tem interesse?]
Boas Páscoas.
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