Caça às bruxas no século XXI

A justiça em Portugal deixa muito a desejar...
Desde há vários anos que temos Verões recheados de incêndios, onde convenhamos, é muito difícil acreditar que não provêm de fogo posto.
Perdem-se imensas vidas e também o trabalho de muitas vidas, e isto sem contar com as vidas dos bombeiros.
Recentemente assistimos às críticas de imensa gente por o presidente da repúplica ter dado as condolências à família de António Borges, o homem que:

Em 2011,  ganhou 225 mil euros livres de impostos e defende que reduzir salários "é uma urgência".

Em 2012, aquando da apresentação da parte do Governo duma proposta de redução da Taxa Social Única para as empresas, a qual foi rejeitada pela maioria dos empresários, António Borges acusou-os de serem "completamente ignorantes" e que "nunca passariam no primeiro ano do seu curso" se fosse seu professor, por desconhecerem a significância da medida.

Medidas tremendamente preocupantes para o país com os salários mais baixos da Europa e insustentáveis para a maioria das famílias portuguesas. Por mais brilhante que fosse, António Borges ou desconhecia a realidade do país ou estava-se nas tintas para ela.

É realmente de mau gosto o nosso presidente da republica ter dado primeiro as suas condolências à família de António Borges, deixando para depois os bombeiros.

Obviamente alguns adversários políticos de Cavaco Silva aproveitaram esta (grave) gafe, como qualquer predador.

Não vou entrar em jogos políticos, e de facto, estou-me nas tintas para eles.
Incêndios propositados deviam ser considerados traição nacional e penalizados com prisão perpétua.

O prejuízo que dão a muita gente nunca será recuperado...
Num país onde vemos uma justiça no mínimo dos mínimos anedótica, fico preocupado por começar a notar indícios de "justiça" pelas mãos dos populares, como à primeira vista, parece ser o caso de http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/incendios-incendiario-morto-pj-chaves-tvi24/1483763-4071.html

Está aberta a época de caça ao incendiário... mas deixem a caça para as autoridades.
E denunciem as que não fizerem o seu trabalho.