"Angola não tem necessidade de ratificar o acordo ortográfico, defendem docentes" é o título de um artigo do Semanário Económico de Angola.
No artigo professores como Adérito Kizunda, e Alberto Kissongue apresentam factos que na verdade são muito boas razões para Angola não ratificar o acordo. Infelizmente na mesma notícia também se lê "Por seu turno, a ministra da Cultura, Rosa Pacavira, citada pela Lusa, disse que, Angola tem todo o interesse em ratificar o acordo (...)", ou seja, passa-se por lá o mesmo que se passou e continua a passar em Portugal: são essencialmente os políticos que têm interesse nesta coisa vergonhosa.
Para bem da língua portuguesa, espero que Angola continue com o português correcto.
Em Portugal, como toda a gente sabe, o acordo foi aprovado no parlamento em Maio de 2008 e José Sócrates considerava urgente a
Em Junho de 2011, a Resolução do Conselho de Ministros nº 8/2011
Por outras palavras, um grupo de políticos, encabeçado por um primeiro-ministro que hoje em dia está em prisão domiciliária sob suspeita de crimes de corrupção (mais precisamente, suspeitas de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção), sem consultar o povo, impôs um acordo que não foi ratificado por todos os países da CPLP e portanto é inconstitucional.
Angola é um país soberano, e só a eles cabe decidir o que vão fazer a respeito do Acordo Ortográfico.
Na minha opinião seria vergonhoso para o povo angolano passar-se em Angola que se passou em Portugal.
A democracia portuguesa neste aspecto tem mais em comum com uma ditadura do que com uma democracia, e portanto é vergonhoso que qualquer país que se considere democrático siga os passos da "República Portuguesa" neste processo.
Aliás, penso que todos os países deste planeta deverão tomar medidas por forma a que governo algum possa voltar a impor modificações "numa ortografia".
Imagem de Henricartoon (10/12/2010): http://henricartoon.pt/284784.html
Sem comentários:
Enviar um comentário