quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O cão que mordeu um homem.

Hoje, no que começa a ser habitual percurso Casa do povo da Camacha - Casa, fui atacado e mordido por um cão.
É a primeira vez na vida que tal me acontece.
Aprendi a ignorar os cães quando se punham a ladrar, e até hoje, funcionou sempre.
Eles chateavam-se por eu os ignorar, deixavam de ladrar e iam à sua vida.
Hoje, não foi bem assim. O cão (que estava acompanhado) atacou-me.
Meteu os dentes na minha perna esquerda.
Ao relatar a situação a minha mãe, ela diz-me:
"Eles não mordem ninguém".
Lá tive de mostrar-lhe a ferida ainda com sangue e perguntar-lhe
"Se não mordem, então o que é isto?"
E isto leva-me a perguntar o que fazem aqueles cães, sem coleira, no meio da estrada?
Ladram para toda a gente que passa, e agora atacam. Isto não pode ser!
Aquilo é caminho público.
Quando a ministra Assunção Cristas (abusivamente) ainda esta semana tentou limitar o número de cães por apartamento, tal como a maioria da população, achei ridículo.
É ridículo o tipo de controlo que o estado português já tem sombre as pessoas, isto já é passar de todas as marcas...
Só que, a verdade é esta:
Há muita gente que não sabe ter animais! Deixá-los à solta em locais públicos, sem qualquer tipo de identificação, a atacar pessoas sem provocação, não é saber ter animais.
O meu pai, disse que sabia quem é o dono ( o que para mim é incrível, tendo em conta que o animal não tinha mesmo qualquer tipo de identificação ) e deixei o caso nas mãos dele.
Não há muito a pensar: se não querem ver os (idiotas d)os nossos governantes a tomar decisões idiotas, sejam responsáveis.
No meu caso, estou a pensar que se volto a ver aquele cão à minha frente, a forma mais pacífica de resolver o problema será apresentar queixa em algum sítio. Cães sem identificação em locais públicos para mim, são cães vadios, e são uma ameaça à população...
Principalmente se começam a haver relatos de ataques a pessoas.
No meu caso, para os incrédulos,... Fiquei com uma perna e umas calças marcadas...

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Acordo Ortográfico: E agora?

Juntei um novo vídeo à videoteca:
http://cpaulof2.blogspot.pt/p/videoteca.html?c1l2v1#ecran

O vídeo é "longo" mas não é aborrecido.

Deixo-o aqui também.


É muito informativo, e devia ser visto por todo o português.

Quanto aos leitores de outros países,  para, vocês isto apenas deve informar sobre o desrespeito que certa classe política portuguesa tem por Portugal...(quem tem pouco tempo pode saltar para 39:35 e ver a partir daí)
Estão mesmo interessados? Os portugueses deviam estar.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Um teste...

Estou a testar o aplicativo do blogger para o meu tablet. É simples, tem algumas coisas de que gosto, outras de que não gosto, mas, no final, merece pontuação positiva.
Ter a hipótese de escrever um texto enquanto estou editado no sofá, ou à mesa é algo que merece o meu respeito.
Não morro de amores pelo corrector ortográfico, e não tem nada a ver com o AO90... Mas penso que devo conseguir habituar-me.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

:/

Tenho um tablet com o Android 4.2.1
Alguém sabe como instalar Português sem Acordo Ortográfico nisto?

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Rumo... a uma parede.

O que é verdadeiramente irónico é eu ter acabado como explicador...
A vida dá muitas voltas... e por  vezes não só nos faz dar cabeçadas, como nos cola a uma parede.
O que é que tenho à minha frente? Uma parede com alguns quilómetros de altura e vários de largura, para cada lado.
O que tenho atrás? Um tsunami...

Gritar por socorro resolve alguma coisa?

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Acordês aqui não.

Tendo em conta que oficialmente estamos em período de transição... acabei por decidir que mesmo para os putos de 9/10 anos acabados de sair da primária, toda a minha documentação de explicações não seguirá o AO de 1990.

A razão é simples: sou contra, e não estou a violar "a lei", e os putos até compreendem...






domingo, 20 de outubro de 2013

O site da empresa mais lucrativa em Portugal

Conhecem o maior site para adultos português?
É o site da empresa que mais prospera com esta crise.
Recomendo que passem pelo blog "Portugal glorioso"
Que tem um link directo para o site...

 http://portugalglorioso.blogspot.pt/2013/04/o-maior-site-adultos.html
Entretanto deixo-vos com mais um trailer de Doctor Who... Ainda falta um mês...
E bom Domingo.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Aperfeiçoar o acordês?


Passei pelo blog aventar . No texto "é possível acordar melhor" de 06/10/2013 o autor diz (com um link para a sua fonte):

«A Comissão de Educação do Senado brasileiro resolveu “criar um grupo de trabalho destinado a estudar e apresentar proposta para aperfeiçoar o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, firmado em 1990 por todos os países de língua portuguesa.”»

Na verdade, eu já sabia disto, e já o havia referido anteriormente.
Mas, pensemos lá: "aperfeiçoar o Acordo Ortográfico"...
Aperfeiçoar?
Depois de o andarem a impor nas escolas aqui em Portugal?
Este acordo ortográfico começa a parecer um produto informático que depois de lançado leva "patches"!

Desculpem-me lá, a língua não é produto informático, nem é algo que tenha de se renovar sempre que alguém percebeu que meteu a pata na poça, ou pior, só quer fazer dinheiro:
Chega! Estes idiotas que percebam que meteram a pata na poça, que mandem o acordo para o balde do lixo, sejam homens, admitam o seu erro e deixem de nos fazer perder tempo!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Mate..Mate... Mathematica

Já muita gente decerto pensou nisto.
Num mundo cada vez mais dependente de  internet,  computadores, smartphones, tablets, onde toda a informação é digital.. o que aconteceria se por um motivo qualquer ficássemos de repente sem internet?

A dependência de máquinas que fazem coisas que muitas vezes não compreendemos como fazem, será assim tão benéfica?

Recordo que recentemente li um artigo num link recomendado por Terry Tao no Google+ onde alguém, colocou  código Mathematica que não conseguiu por a correr correctamente.

A teoria era clara e eu penso que sem muito esforço conseguiria implementar algo equivalente em C++.
Lembro também que já implementei de raiz software capaz de gerar animações para o problema dos 3 corpos, e que consigo fazer o mesmo para n corpos.
Não é o código mais belo e eficiente mas faz o que é pedido em tempo útil resolvendo um número bem elevado de equações diferenciais...
Parece-me óbvio que com isso até consigo simular o sistema solar desde que eu tenha ou consiga estimar bem os dados (posição e velocidade) de todos os corpos (planetas e "luas") com algum interesse num certo momento.

Para os curiosos sobre o artigo, googlem para descobrir qual o planeta do sistema Solar que passa mais tempo próximo da Terra)

Eu não gosto deste tipo de problemas no Mathematica, porque ... o Mathematica não é "open-source"... é proprietário, e a menos que trabalhemos para a Wolfram, penso que pouca gente conhece o código fonte daquilo, e é capz de explicar o que faz cada linha de código, ou qual o raciocínio por detrás de cada algoritmo que o Mathematica aplica.

Se fosse Open-Source continuaria a ser pouca gente... mas muito mais do que é agora...
Não gosto da ideia de não poder ir lá "fossar", e juntar-lhe linhas minhas...ou aprender como foi que abordaram certos problemas.

Existem alternativas gratuitas...
Não será a primeira nem a última vez em que veremos código Mathematica que não corre em sites ou blogs científicos... mas tendo em conta a crise, que tal começar a procurar alternativas opensource. De preferência gratúitas?
Por mais potente, eficiente e "user friendly" que seja o Mathematica, não sendo código-fonte aberto (open-source). muitas vezes é complicado uma pessoa distinguir um erro do programa  de um erro lógico de um utilizador.

Mathematica pode ser giro... mas não é a linguagem ideal para para problemas de análise numérica....

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Superman: 75 anos

Sou bem mais novo que o Superman...
Recentemente vi este vídeo que presta homenagem a todas as incarnações "oficiais" do personagem.



De todas as séries de animação que vi, a minha preferida é a de 1996.
Gosto do conceito e de algumas versões do personagem.

A primeira série animada que vi, foi nos anos 80, na RTP-Madeira.... uma série salvo erro dos anos 60
Quanto aos filmes, bem.... o de 1978 foi um excelente filme quando saiu, e embora possa não satisfazer os gostos e os padrões de muita gente hoje, continua a ser um filme muito bom.
O Superman 2, já nos anos 80 perdeu qualquer coisa....(Que aconteceu a Jor-El? )
As pessoas que conseguirem ver a versão de Richard Donner (que só foi montada recentemente) vêm uma nova versão... Desta vez com Jor-El, e uma nova versão da história.

Deixo aos mais curiosos que ainda não conhecem o motivo de haver uma versão de Richard Donner o prazer de googlar e lerem a história.

Superman 3 e Superman 4 foram "interessantes" quando eu era puto... mas depois de os ter visto recentemente... bem... claramente, quem nunca os viu não perdeu grande coisa.

Depois tivemos de esperar por 2006 por um Superman returns de Brian Singer.
Embora muita gente não tenha gostado do filme, o filme não foi mau.
Talvez um pouco excêntrico na história que segue,  [spoiler alert] ao prestar várias homenagens aos dois filmes de Richard Donner, por ter-nos dado um filho de Superman e Lois Lane.
Mas nem  inédito porque a DC já publicou histórias de banda desenhada onde se faz referência directa a descendentes de Superman ou mesmo a um filho dele.
Quanto a mim, posso dizer que o que não gostei mesmo no filme foi do fato (sim, da fatiota/traje... neste blog fato e facto são coisas distintas)

E finalmente.. veio Man of Steel.
Como todos os filmes, vai haver quem goste e quem não goste...crítiticas inteligentes e críticas estúpidas.
Também gostei de Man of Steel, e da nova versão do fato..
Deixo a minha opinião sobre o filme para daqui a vários anos.

Só peço à DC que mantenha o personagem vivo, com boas histórias, e tente que o objectivo destas, não seja apenas  o lucro da empresa...

Parabéns a todos os que de alguma forma contribuiram para estes 75 anos do personagem..

PS: Superman ou Superhomem ou Super-homem? Uma vez que a designação original do personagem é Superman, eu prefiro usar Superman. No entanto, e dado o motivo pelo qual o personagem ganhou esse nome, penso que um português Superhomem não fica mal.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Como será que isto vai acabar?

O caso de Maddie McCann é um caso que já ocupa os nossos jornais há anos, e não é para menos. O desaparecimento de crianças é algo que assusta todos os pais à face da Terra.

O caso continua a fazer correr tinta, a ocupar investigadores, jornalistas e comentadores.
Há todo o tipo de teorias, e , a julgar pelas conversas de café, pelos comentários às notícias e às redes sociais, a maioria da população já tem uma opinião formada, e até já tem culpados.

Ter uma opinião é muito diferente de saber o que se passou de facto. Acusar é fácil, e interpretar mal os factos ainda mais fácil é, e nem vou falar da facilidade com que as pessoas saltam para conclusões.

Independentemente da opinião que cada um possa ter, da forma como os factos vão sendo interpretados por uns e por outros, deixemos às autoridades fazer o seu trabalho, esperando que a verdade venha a público.

Não sei qual será o melhor desfecho para esta história, mas eu vou ficar-me pelo cenário positivo de Maddie McCann estar bem e de saúde e um dia ser reencontrada..

Os cenários menos positivos... penso que posso dispensar.

De uma forma ou de outra... eu,como muitos portugueses, gostaria de ver o fim desta história.
Sem mais fantochadas, com gente a cumprir penas pesadas, e com uma história muito bem contada.


PS: Entre falar disto e falar um ex-presidente da republica que vem fazer afirmações públicas pensando que o povo tem memória pública, prefiro falar disto... 

sábado, 12 de outubro de 2013

Eu, David Lagrange...

Recentemete, um jornal que não vou identificar por excrever em acordês, noticiou que alterações no facbook farão com qualquer pessoa possa encontrar um utilizador (usuário se estiver no Brasil.

No facebook eu partilhei a notícia e disse que mudaria o meu nome para "David Lagrange".

David Lagrange é um personagem de ficção de uma história que é contada num blog aqui na internet...
Não confundir com o físico/matemático Joseph Louis Lagrange.

Na verdade, para me encontrar na internet basta googlar o meu nome, e portanto mudar o meu nome no facebook na realidade não faz grande diferença (eu vou acabar por mudá-lo para o meu nome como estava...)
O meu objectivo é apenas mostrar que não estou contente com a atitude do facebook.
Estas (estúpidas) mudanças de política sem qualquer aviso prévio do Facebook directamente aos seus utilizadores são abusivas, principalmente para pessoas que sofrem algum tipo de perseguição online, ou que têm stalkers, ou que simplesmente querem anter alguma paz e sossego..

Assim sendo, por uns dias, no facebook, o meu nome é David Lagrange, comandante na frota de sua magnificiência o imperador Matemaníaco.

Claro que eu poderia abandonar o facebook.
Neste momento não é do meu interesse....

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O professor e o explicador

Há anos, quando dava aulas na Universidade da Madeira, durante a correcção de um exame notei que vários alunos usavam uma fórmula para resolver uma equação diferencial de 2ª ordem.

Só haviam dois problemas:
  • eu não tinha dado aquela fórmula. 
  • as soluções obtidas pelos alunos estavam erradas.
Então, peguei no método que eu tinha ensinado  deduzi a fórmula correcta, e comparei com a dos alunos: havia um erro no sinal de uma das variáveis da fórmula.

 (Para os que não sabem muita Matemática: Em qualquer equação de qualquer tipo, uma forma de ver se uma solução está correcta, é substituir a solução na equação e verificar se se obtém uma proposição verdadeira, portanto,.... regra geral é relativamente simples verificar se uma solução é verdadeira*.)

Ao afixar as pautas, afixei também a fórmula correcta com um comentário do tipo:
"Para quem no problema X utilizou uma fórmula que não foi leccionada nas aulas, a fórmula correcta é esta.
Recomendo a esses alunos que tentem deduzir esta fórmula."


Na época seguinte, ninguém usou a fórmula, fizeram tudo exactamente como eu tinha ensinado...

Na verdade, a mim não me importava que os alunos tivessem explicações.
Queria mesmo era que percebessem o que estavam a fazer, e que no caso de "fórmulas mágicas", soubessem explicar como obter a fórmula sem ter de utilizar a frase "aprendi na explicação".

Agora, anos mais tarde, como explicador, tento sempre que os alunos consigam compreender e explicar o que fazem (o que nem sempre é tarefa fácil).

Há sempre um aluno novo que chega e diz "o professor do ano passado não gostava que a gente tivesse explicação".

Em Matemática "todos os caminhos vão dar a Roma", ou seja, há muitas formas de resolver um problema.
Por norma, tento que sejam os explicandos a desenvolver uma estratégia para isso, recorrendo apenas ao que foram aprendendo em Matemática ao longo de toda a sua vida (e ainda se lembram).

Mas vai haver sempre um que nas aulas em vez de explicar a sua abordagem ao problema, por preguiça vai dizer "aprendi na explicação" sem ter consciência que essa preguiça pode lhe sair-lhe cara, pois está a dar a entender ao professor que não percebeu a sua própria resolução...

E eu tenho de concordar com o professor: Isso é grave e tem de ser penalizado.
Se o aluno de facto é incapaz de explicar a sua resolução, a falha é do explicador.
Se o aluno é preguiçoso merece ser penalizado.

Sejamos claros, um aluno recorrer a explicação está longe de ser sinal de incompetência do professor, portanto não há razão para a suposta hostilidade dos professores para os alunos que recorrem a ela.
Quando há essa tal "hostilidade", regra geral, quem criou o problema foi o aluno...
(mas como não deixa de ser natural, há sempre excepções)

Por mim, até seria boa ideia esses tais "professores hostis" e explicadores conversarem de vez em quando.
Porque afinal de contas, são pessoas com papeis diferentes na vida dos alunos, e a tal "hostilidade"  não nasceu do nada...


OBS: para algumas equações, verificar uma solução sem recorrer a meios tecnológicos pode ser complicado, como é o caso de uma solução de uma equação polinomial de terceiro grau em que a solução é dada pela soma de dois radicais cubicos graças à fórmula de Tartaglia, já anteriormente apresentada neste blog.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Sobre o Jornal de Angola...

Angola é um país soberano. Os jornalistas angolanos deviam estar-se nas tintas para as elites portuguesas.
(ver : http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3466208)
Sem querer ser chato ou repetitivo....Esqueçam, eu quero mesmo ser repetitivo: Note-se que foi uma micro-elite que aprovou e impôs um tal de "Acordo Ortográfico", que os brasileiros dizem ( e com toda a razão) que precisa de correcções.

Precisa de correcções e já está a ser imposto em Portugal! Deviam ter percebido que a melhor correcção será mandá-lo para o balde do lixo, e que este AO só está a ser imposto em Portugal graças a meia dúzia de ditadorzecos ignorantes que nos governaram nos ultimos anos...

Portanto... vão mesmo "aturar" as opiniões das tais elites portuguesas? Sejam sérios e superiores..

Se alguém tem alguma coisa importante a dizer sobre Angola, esse alguém é o povo angolano e não as (pseudo) elites portuguesas. E na verdade essa deve ser a principal opinião que deve interessar aos jornais de Angola: a dos angolanos.

Quanto às elites portuguesas: Ó seus palhaços*! Olhem primeiro para o vosso país!

PS:* Mais uma vez, não pretendo ofender a nobre profissão de palhaço. No entanto aqueles a quem chamo palhaços "fazem-me rir" com a sua estupidez.
PS2: Mesmo podendo tratar-se apenas de uma busca de protagonismo por alguém do Jornal de Angola, eu não perco nada em dar a minha opinião... Esperem. Vendo bem, perdi 10 minutos a escrever isto.

Acordês nas explicações de Matemática?

Sendo eu anti-imposição ortográfica, deparo regularmente com um daqueles "cenários de guerra":
Os putos chegam às explicações (de Matemática) com cadernos e livros totalmente escritos em acordês.

Sou eu que vou dizer a uma criança de 10/11 anos que não gosto de ver fracção escrita "fração" quando provavelmente nunca viu a palavra escrita de outra forma?
Aliás não é uma questão de "não gostar", é de não concordar.

Pior ainda:ter de escrever documentação em acordês para eles?

A linguagem matemática consegue ser muito sintética, portanto tenho como fugir em muitos casos, mas não posso dar a volta... vou ter de escrever em acordês.

Vou ter de arranjar forma de manter a sanidade e escrever em acordês e em português (portanto, do meu ponto de vista  acordês não é português) sem me confundir....

Um adolescente de 16/17 anos ou um adulto até consegue estar-se nas tintas ou mesmo concordar comigo, e dizer que não concorda com este acordo.
Mas alguém saído da primária, já é "uma vítima de guerra".

O acordês foi imposto nas escolas, nos livros porque meia dúzia de (pseudo-)intelectuais decidiu impor "um acordo" a uma comunidade que fala português -- ou será falava? A ortografia está a mexer na oralidade.
Começo a achar que podiam chamar-lhe acordo "ortofonico".

Abaixo a vergonhosa imposição ortográfica!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Tele-depressão.

Felizmente, não vejo muita TV, mas sempre que passo por uma que está num canal nacional, ou estão a dar um programa a anunciar a desgraça alheia, a transmitir telenovelas ou um reality-show.
Vamos tentar acreditar que eu tenho é má pontaria...

A verdade que a TV nacional não consegue me cativar, por vários motivos.
Um deles é, exactamente, ter de ler legendas em "acordês".

Ontem conheci via facebook, um exemplo em que em Portugal nunca houve hifen, no Brasil, dizem que há hifen, e no acordês mantem-se assim... é tão linda esta unificação ortográfica com duplas grafias. A palavra é sotavento/sota-vento. (Mas deixemo-nos de imposição ortográfica)

Deixei o blog de férias durante uma semana para ver se do meu texto da semana passada ainda vinham pessoas cá ao blog.
Pelas estatísticas... sim!
Não vou desiludir as pessoas, e portanto, vou continuar a escrever carlospaulices.




quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Sobre os novos programas de Matemática do ensino básico...

Já li tanto disparate que me faz perguntar-me se quem os escreveu leu o mesmo programa que eu.

Acusações sem qualquer fundamento...

Eu seria o primeiro a opor-me se o objectivo fosse tornar o ensino básico num sistema bourbarquista, porque não o considero assim tão didáctico.
O sistema bourbaquista é muito bom para alguns matemáticos profissionais e muitos académicos das ciências exactas, mas está longe de ser o melhor quando se trata de sistema de ensino.

Antes de ler qualquer texto que opine sobre o novo programa, convém ler o programa, e já agora, formar uma opinião sobre ele.
Depois, quando se llê um texto que se opõe ao novo programa, convém ter em conta quem o escreveu.
Se foi alguém que esteve associado ao anterior programa, convém ler o texto com alguma suspeita.
Mesmo que o autor tenha razão em alguns pontos, convém não esquecer as falhas do programa anterior.
Um programa que na teoria era uma coisa, mas na prática trouxe-nos alguns desastres.

O rigor, a memorização e a compreensão devem fazer parte do ensino da Matemática.
Acho ridículo ver a fórmula fundamental da trigonometria ou a fórmula resolvente (das equações polinomias de 2º grau a uma incógnita) num formulário para o exame nacional de Matemática do final do ensino básico.
Essas coisas são para se saber! Não para serem dadas em formulários!

Não são coisas monstruosas nem de memorização difícil, nem mesmo de compreensão transcendente para um puto de 14-15 anos!

Existe um meio termo, mas olhando para os últimos anos, parece-me que o objectivo é só compreender/ perceber, mas ficar pouco ou nada na memória, portanto, ao que parece, saber muito pouco.

Se é isto que defendem, desculpem lá, mas os senhores não passam de uns palhaços e peço-lhes que não voltem a este blog.
Está bem.. a última linha é capaz de ser exagerada! Não é possível impedir pessoas específicas de lerem o meu blog.

Até à próxima.

"Isso deve-se ao senhor não saber matemática"

"Isso deve-se ao senhor não saber matemática" - Foi a resposta que o Dr. Alberto João Jardim deu a um jornalista que o questionou sobre um alegado aumento da dívida da Madeira em 194 milhões no ano de 2012 (notícia original aqui).
Politiquices à parte, de facto o dr. Alberto João Jardim tem alguma razão. Muitos números são diariamente publicados e mal interpretados por imensa gente de várias áreas.
Mesmo no que diz respeito à dívida da Madeira.
E como a mentalidade do "tudo é debativel" persiste, o rigor cai por terra e dá lugar ao caos que é um dos responsáveis pela situação actual do país.

Portanto, o dr Alberto João Jardim pos um dedo na ferida.. Muita gende não sabe Matemática!
Este blog recusa-se a utilizar o Acordo Ortográfico de 1990