Sendo eu anti-imposição ortográfica, deparo regularmente com um daqueles "cenários de guerra":
Os putos chegam às explicações (de Matemática) com cadernos e livros totalmente escritos em acordês.
Sou eu que vou dizer a uma criança de 10/11 anos que não gosto de ver fracção escrita "fração" quando provavelmente nunca viu a palavra escrita de outra forma?
Aliás não é uma questão de "não gostar", é de não concordar.
Pior ainda:ter de escrever documentação em acordês para eles?
A linguagem matemática consegue ser muito sintética, portanto tenho como fugir em muitos casos, mas não posso dar a volta... vou ter de escrever em acordês.
Vou ter de arranjar forma de manter a sanidade e escrever em acordês e em português (portanto, do meu ponto de vista acordês não é português) sem me confundir....
Um adolescente de 16/17 anos ou um adulto até consegue estar-se nas tintas ou mesmo concordar comigo, e dizer que não concorda com este acordo.
Mas alguém saído da primária, já é "uma vítima de guerra".
O acordês foi imposto nas escolas, nos livros porque meia dúzia de (pseudo-)intelectuais decidiu impor "um acordo" a uma comunidade que fala português -- ou será falava? A ortografia está a mexer na oralidade.
Começo a achar que podiam chamar-lhe acordo "ortofonico".
Abaixo a vergonhosa imposição ortográfica!
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