quarta-feira, 30 de março de 2016

(Falta de) Bom senso

De acordo com as notícias que têm saído, há problemas com a aplicação dos novos programas de Matemática no ensino Secundário. Ao que parece o programa "é impossível de cumprir".
Bem, eu tenho comigo o programa, alguns livros deste programa, e explicandos que estão a passar por esse programa.
Tenho uma opinião sobre o que se está a passar, e tenho lido muita coisa nos media.
Parece-me que o programa é cumprível desde que se façam algumas coisas, que ninguém está a fazer.
Aliás parece-me que havendo má vontade contra este programa desde princípio, as pessoas recusam-se a usar os neurónios...
As pessoas têm o direito à sua opinião, mas quando uma opinião afecta o destino de milhares de pessoas, não pode nem deve ser imposta à força, por teimosia nem por radicalismo.
Hoje em dia toda a gente (acha que) tem direito à sua opinião e gostam de perder imenso tempo em debates.
Basta aparecer uma pessoa com carisma, que consegue mover uma multidão, mesmo que as ideias dessa pessoa sejam, na verdade ... más a longo prazo.
No caso dos programas de Matemática, tem havido teimosia em muitos aspectos.
Não volto a repetir argumentos (bem válidos) que usam as palavras "facilitismo","estatísticas" ou "falta de rigor", mas volto a repetir que imitar cegamente o que se faz noutros países não é o melhor caminho.

Não gosto de pegar num livro de Matemática que tem fotos de ecrãs de calculadoras, que "toda a gente percebe" que é da marca X ou Y, ou pior, que é dito mesmo para que modelos se aplicam.
Há sempre alunos com máquinas de outra marca, ou com um modelo ao qual nada daquilo pode ser aplicado de forma sequer semelhante...
Os alunos pagam por livros que fazem publicidade de calculadoras que vão ter de comprar?
Eu compreendo que se queira fazer uso da tecnologia (e se for preciso até sou o primeiro a dizer que o façam), mas as coisas não podem nem devem ser feitas de qualquer forma.
Não se vai impor uma marca nem um modelo, porque parece-me "obsceno", e muito menos impor tecnologia que num curto espaço de tempo se torna obsoleta.
A Matemática tem de ser vista como ciência e não como mera ferramenta de resolução de problemas.

Outra moda que me incomoda imenso é a moda actual de dar "receitas" sem fazer demonstrações!
É grave.
Muitos alunos habituam-se a usar regras sem saber porque funcionam.
Não vamos obviamente exigir que saibam tudo... Supostamente os matemáticos é que devem ser os peritos em Matemática, não há necessidade de  impor TUDO aos alunos.
Na verdade, isto deve ser corrigido... Por exemplo físicos e alguns engenheiros também devem ser peritos até um certo nível.
Se "é chato" fazer deduções, por exemplo, de fórmulas de derivação, tornem as deduções em exercícios, ou arranjem forma de as tornar interessantes. Usem a imaginação! Em Matemática as deduções não são abdicáveis! Está bem, o programa é para cumprir ou o mundo acaba...
Isso não é desculpa para não se ser criativo.
"Não gosto do programa"...
Também não é desculpa. Profissionalismo se faz favor.
Agora... também há limites. Não se vai pedir a ninguém que faça mais do que é realmente possível!

Desde que começaram a se falar em "Metas curriculares" ou nos "novos programas" que noto muita falta de bom senso (tanto de defensores como de opositores).
Não há necessidade disso! Quem gosta de Matemática preocupa-se em fazer os alunos aprender e o resto são "telenovelas".

Acho piada que os "encontros de professores" parecem-me cada vez mais "recruta para a guerrilha" a favor ou contra os novos actuais programas.
Eu preferia recrutá-los para a guerra anti-AO, e no caso do Brasil, se for mesmo necessário, para a criação da língua brasileira e que se deixassem de tretas...
O português do Brasil e o de Portugal são diferentes. Ponto! É bárbaro impor este AO quer a uns quer a outros, e ao resto dos países de língua portuguesa.

Resumo disto tudo: Bom senso, precisa-se!

segunda-feira, 21 de março de 2016

Crónicas de um comandante no Oolite (II).

Da última vez que dei notícias sobre as minhas aventuras no universo Oolite, tinha acabado noutra galáxia, por ter usado uma galactic drive sem ler o manual...
Desde então,a vida não tem sido fácil. Nesta galáxia a pirataria tem ameaçado a minha sobrevivência. Com o que ganho a abater piratas, mal consigo sobreviver (a recompensa por abater um pirata, em certos sítios nem paga um café).
 Ainda tenho créditos, e de vez em quando tento ganhar a vida levando as pessoas de um sistema a outro. Já mandei mais de uma centena de piratas para o outro mundo.


Grande parte dos meus lucros decentes servem apenas para reparar estragos de quando abato piratas. Há dias tive de largar os meus cálculos e aterrar manualmente numa base icosaédrica. A porcaria do piloto automático avariou! Considero-me um homem de sorte por ainda estar vivo!
Tenho de arranjar outra drive galactica. Preciso de regressar "a casa". Esta galaxia está a fazer-me mal aos neurónios.
Um tipo com formação em Matemática, por estes dias sobrevive fazendo de taxista entre planetas, comprando e vendendo bens, e prestando outros serviços que em muitos mundos são considerados ilegais.
Bolas! Riscaram-me a porta da nave!
Estou em Soreisbe. Daqui a 12 dias tenho de entregar um pacote secreto em Envebe. Acho que estou a ser mal pago, pois faço mais lucro a comprar/vender computadores.
Acabaram os 14 minutos de abastecimento. Lá vou eu de volta ao hiper-espaço, onde passarei umas horas. Aproveito para dormir e fazer algum trabalho intelectual.
(Ok, esta não é icosaédrica... partilho uma foto numa próxima oportunidade.)

Até à próxima.

sábado, 19 de março de 2016

De onde eu estiver, para o mundo.

Hoje, ao chegar à sala de explicações, sentei-me a ver as estatísticas deste blog.
As pessoas estão-se nas tintas para os meus erros ortográficos, e se calhar até gostam que eu não use essa atrocidade obscena que dá pelo nome de acordo ortográfico.
 Passam por aqui pessoas de todo o planeta E lêm qualquer coisa que eu escreva!
Já agora, quem está à espera do código da nova versão do programa de calculadora da foto do post anterior vai ter de esperar até o meu outro computador me regressar às mãos, e ainda eu decidir que o programa já pode ser partilhado online. Por agora os felizardos dos contemplados serão os meus explicandos.
Isto de estar a escrever num sítio que toda a gente lê merece algum cuidado.
Por exemplo aqui não posso simplesmente mandar uma pessoa à merda. Ainda arranjo problemas legais. Portanto, a forma correcta de o fazer  é sugerir e a pessoa só vai se lhe apetecer.
Isto tem de ser escrito com cuidado, para evitar mal-entendidos!
Por exemplo quando eu exclamo:
 "ALA é grande"!
Poucas pessoas saberão que de facto estou a falar de um critério de semelhança de triângulos, e não a publicitar a grandeza do criador do universo segundo uma das maiores religiões do mundo.
 Tenho mesmo de ter cuidado.
Já imaginaram a quantidade de pessoas que conseguem ficar ofendidas com a palavra MERDA?
E se eu lhes disser que aquilo na verdade é uma sigla, são as iniciais do nome de uma senhora: Marlene Eugénia Rodrigues Dias Andrade.
A senhora que não se incomode com a publicidade. Espero que seja visto como boa...
Hoje, daqui para o mundo vai o meu abraço e um obrigado pelas visitas.
Já agora, agradeço a quem mantiver "cês" e "pês" nas suas palavras.
 Afinal, são as iniciais dos meus nomes próprios. Sinto-me ofendido. Ando eu aqui a ter cuidado para só insultar quem eu acho que merece, e fazem-me uma dessas?
Eu até amuava e ia jogar Oolite. Mas não posso! O meu pc ainda não regressou... portanto escrevo no meu blog com o meu telemóvel.

Esperem lá... há uma coisa para Android chamada Alite . Quando eu testar, se for bom, falo sobre o assunto.
Até um dia destes por aqui neste blog.

quinta-feira, 17 de março de 2016

quarta-feira, 16 de março de 2016

1+1=3....ups

Por estes dias, acedo às redes sociais(e escrevo aqui no blog) pelo telemóvel. Não se preocupem, raramente estou acompanhado, por isso não estou a ser mal educado.
E não raras vezes aprecem-me perguntas no feed do facebook. Por vezes as "dúvidas" são trivialidades, noutras, são discussões sobre o sexo dos anjos e noutras, são questões com algum interesse em que por vezes discordo da solução. Às vezes posso estar a ver mal o problema (errar é humano, e portanto eu também cometo erros) mas por vezes, a solução que apresentam tem o pormenor de... contradizer o enunciado. O bom senso leva-me a não comentar a solução apresentada. Por vezes até percebo onde está o erro no raciocínio... mas tendo em conta que olhei uma vez para o problema (ok, às vezes faço um screenshot), prefiro 'ficar calado' e deixar o erro para outros.
Mas por vezes o problema todo é só de português...
Quando há erros, gosto de saber onde estão e porque foram cometidos. Em Matemática, isto consegue-se porque esta ciência é exacta.
E, por vezes aprendem-se coisas com os erros.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Mais um dia do pi.

Hoje é dia internacional do pi. É dia de eu ir ao facebook ler 3,14-adas, 3,14159-adas e até piadas.

Eu, andando sem computador, vou ficando com trabalho atrasado (só tenho computador, o scratchy, quando chego a casa ao fim da noite).
No entanto tenho o telemóvel, dados e um tablet durante o dia. Com o acesso remoto (ssh, sftp, vnc...) consigo aceder ao scratchy, quando o deixo ligado [o que não é lá grande ideia, por motivos que não me apetece revelar].
Por vezes adianto trabalho. Mas não é a mesma coisa!
Se com o tablet e até telemóvel consigo escrever e compilar remotamente código ou mesmo LaTeX, bem... gastar dados pagos para isso, não me agrada.
No caso de fichas de trabalho (para uso em explicações) eu tenho um modelo em LibreOffice que me permite inserir LaTeX.
Neste momento tenho de recriar o mesmo modelo 100% em TeX/LaTeX,visto que... infelizmente, agora é mais prático.
Portanto, em princípio, neste ano não há ficha especial do dia do pi.
Mudando de assunto, tenho aqui neste blog, um texto de há duas semanas com um número invulgar de visitas, e que não foi partilhado no facebook (nem tem likes. Nem deixaram comentários!
Eu quero acreditar que foi por timidez e não por eu só aceitar comentários sem acordo ortográfico. Só que, sem comentários não percebo o porquê de tantas visitas. O texto é assim tão bom? Ou pelo contrário, é assim tão mau?
Se alguém decidir responder: atenção, eu estava a falar a sério! Aqui não entra acordo ortográfico. Prefiro erros de português por ignorância ou desleixo (como os meus) a erros por imposição alegadamente oficial.

Happy pi day...
(Um amigo da fcul um dia respondeu-me a isto com "Oh meu amigo, não havia necessidade.")

domingo, 13 de março de 2016

: (

Em Setembro de 2014, partilhei convosco este post, sobre o desaparecimento do meu antigo colega de licenciatura e amigo Ricardo Alho. Ainda há pouco, numa pesquisa no google encontrei esta macabra (e mal contada) história.
Ok, é verdade que até tenho andado ocupado e não passo o dia no facebook. Mas neste momento a notícia tem 147 partilhas e eu não vi uma única! Não sei se de facto os restos encontrados são dele ou não. Não sei o resultado das análises dos peritos. Se de facto é ele, gostaria de perceber como é que uma pessoa vai do Funchal ao Curral sem ser vista. Recordo que foto dele apareceu nos jornais e redes sociais. Ninguém o viu? Caramba!
Se não é ele... como é que os documentos dele acabaram ali?
Sou só eu a achar isto estranho?
Espero que um dia as autoridades, se descobrirem algo, o divulguem ... Boa noite.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Um crime contra a Camacha, um crime contra os camacheiros.

A minha terra, a Camacha, na ilha da Madeira, foi o sítio onde pela primeira vez se jogou futebol em Portugal.
Facto esse, celebrado na Achada, centro da Camacha com um muro e uma estátua em latão frente ao muro...
Na passada Terça-feira fui surpreendido ao entrar no facebook. Uma foto do muro sem a estátua, com a notícia de que a estátua tinha sido roubada!
A indignação é geral. A notícia naturalmente já foi avançada na comunicação social, e é assunto de discussão nas redes sociais e nos cafés.
Tirando a minha indignação pelo roubo e por alguns comentários mais infelizes (mas infelizmente já habituais) de algumas pessoas, não tenho nada mais a acrescentar, mas faço a minha parte dando a notícia aqui no blog.
ACTUALIZAÇÃO: no próprio dia em que publiquei este texto, o referido objecto foi recuperado. Assim que me for possível deixo novo texto sobre o assunto.

quarta-feira, 2 de março de 2016

O tempo tem fama de ser bom professor...

Recentemente, um dos meus computadores, justamente aquele que eu costumava utilizar para escrever nos meus blogues teve um problema sério. Parece-me problema da placa gráfica ou da motherboard.
Estando dentro da garantia, limitei-me a entregá-lo onde o comprei.
Quando estiver pronto, ligam-me.
Bem... Este texto está a ser escrito num telemóvel. Afinal, o computador não é assim tão insusbstituível para esta função. Mas é-o para fazer fichas de trabalho para os meus explicandos, ou para escrever e testar programas, ou para outras coisas.
... ou será que não? Eu já programei e fiz fichas de exercícios num tablet...
Ok, afinal, o meu computador até é substituível. E com o passar dos anos, aprendi que as pessoas também são.
Aliás, o meu velhinho Scratchy, para mim, tem mais valor que algumas pessoas. O Scratchy, foi o computador que me acompanhou durante anos, e que hoje em dia é o meu servidor de multimédia, e computador de processamento numérico.
Aprendi a afastar-me de quem me julga sem me conhecer, ou de quem me complica a vida e espera que eu aceite por haver pessoas com a vida mais complicada. Aprendi a manter a distância de quem na verdade, não merece proximidade. E isso trouxe-me paz, sossego e saúde.
Até saúde!
Obrigado tempo.
Mas vê lá se ajudas os tipos a despacharem o meu outro computador, ou vou ter de chatear o Scratchy.
Este blog recusa-se a utilizar o Acordo Ortográfico de 1990