quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Eu não sou o Dumbo. Sou o Matemaníaco!

Nas redes sociais, espalham-se muitas "ideias feitas" e muitas modas.
Há muitas que não gosto, e algumas que até me incomodam.
No fundo, contribuem para aquela ideia que tenho há muito, e não devo ser só eu a tê-la:
Uma pessoa é inteligente. Uma multidão é estúpida.

Hoje à tarde, enquanto esperava pelo meu irmão, estive a navegar pelos muitos posts e imagens que tinha no meu feed de notícias.
Imensos a incentivar o "desistir nunca" e outras coisas do mesmo género. Mas que raio de moda!!!
Afinal, é assim tão mau desistir?
Desistir pode não ser sinal de fraqueza.
 Pode ser sinal de que se percebeu que em certas condições não vale a pena continuar!
Recordei uma das minhas mais caras desistências.
Recordei que em 2008, alguém que não me conhecia de lado nenhum, nem sequer deste blog (ok nem da versão anterior deste blog), me atirou para a cara:

"Tu já desististe de um mestrado.

Se desistes deste não és aceite em mais lado nenhum.
Vais fazer o que eu quero como eu quero."

Quem era este idiota que não me conhecendo de lado nenhum me chantageou por ter desistido?
Sabe lá ele quais foram as minhas razões.
E QUAL É O PROBLEMA DE DESISTIR?
Sabia ele que esse mestrado saiu na totalidade DO MEU BOLSO que agora está vazio?
Eu iria irracionalmente investir num mestrado, perder tempo e dinheiro e desistir sem boas razões?
Qual é o problema de uma pessoa desistir?
Chantagem?
Um dia, após um internamento fartei-me das chantagens, e das condições impossíveis de trabalho. Larguei tudo.
Sem nada no bolso... decidi regressar à Madeira.
Não valia a pena continuar num sítio que permitiu que aquilo acontecesse, hipotecar o resto da minha saúde  física e financeira...
 Então, no meu smartphone escrevi a mensagem que se segue:

Um exemplo disparatado tira o peso dramático do texto, sem lhe tirar a validade.
Posso nunca vir a ser mestre, nunca terei doutoramento...

Sendo humano e vivendo no mundo real, certamente não serei o Dumbo.
Sou e serei sempre e apenas, o Matemaníaco Carlos Paulo, que de vez em quando vem aqui escrever umas CarlosPaulices... no século XXI.

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