quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Mitos da Internet: Coca-Cola e Pepsi


Os mitos que rodeiam a Coca-Cola muitas vezes não têm qualquer fundamente científico, ou são muito exagerados por alguma comunicação social irresponsável que não investiga o que noticia, ou que dá credibilidade a quem não deve.
Já recebi muitos emails sobre os malefícios da Coca-Cola. Alguns até sugeriam experiencias com ossos...
Que até repeti e não obtive os resultados anunciados nesses emails.

Incicialmente até pensei que fosse algum tipo de campanha pela rival Pepsi, mas de facto, também recebo  mensagens sobre os malefícios da Pepsi, com a mesma credibilidade que os da Coca-Cola.

Na era da internet estas mensagens repetem-se em redes sociais, em mensagens de telemovel, em blogues, em sites, e ao fim de algum tempo a fonte original sem credibilidade perde-se e temos centenas ou milhares (ou milhões) de réplicas da mensagem original que evoluíram e começam a ficar envolvidas em teorias da conspiração.

Recentemente, chegou-me uma notícia de 2012, que podem ler aqui:
http://gizmodo.uol.com.br/corante-caramelo-da-coca-cola-e-da-pepsi-pode-causar-cancer/

De repente, de boca em boca aquele "pode causar" tornou-se em "causa", sem motivo para isso.
De acordo com a notícia, uma pessoa tem de beber 1000 latas (330 litros, se estivermos a falar das clássicas latas de 33cl) por dia para confirmar...

330 litros!!!!


Bem... eu garanto que se beberem 330 litros de água, ou de álcool. ou de outra coisa qualquer por dia também devem conseguir arranjar problemas...

No caso da Coca-Cola, recordo que até o slogan "Primeiro estranha-se, depois entranha-se" da autoria de Fernando Pessoa serviu de argumento para "demonstrar" os malefícios da Coca-Cola.

Não vou defender nem promover nenhuma das marcas de refrigerantes.
Apenas que deixem de ir em cantigas ou de acreditar em tudo o que se publica ( e por vezes de forma exagerada) na internet ou mesmo nos jornais.
A credibilidade conquista-se com notícias sérias, com fontes credíveis, e no caso de dados supostamente científicos, com experiências que possam ser repetidas por outros por forma a que se obtenham os mesmos resultados.

Apresentar dados ou conclusões com base em fontes questionáveis, ou utilizar como título conclusões altamente improváveis é mau jornalismo, e de certa forma, tentativa de manipulação da opinião pública.

Sugiro que, na idade da informação, as pessoas tenham sentido crítico, e não reencaminhem nem partilhem "má informação" . Não é censura! É honestidade!

Lutemos pela despoluição da informação!
Queremos informação de qualidade!

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