domingo, 27 de setembro de 2015

Opções de sobrevivência.


Posts como o de ontem onde anuncio material exclusivo para os meus explicandos são uma necessidade, visto que, estando eu desempregado, a minha saída de sobrevivência é dar explicações (isso, faz de mim "empregado" para o estado português e obriga-me a pagar impostos, o que só agrava a minha situação e em certos meses torna mais fácil ir às finanças dar baixa de actividade: o lucro nem sempre paga as despesas, e uma forma de cortar nas despesas é cortar nos impostos cobrados).
Não estou a brincar.
Perguntam-me porque abandonei (e não volto) à Casa do Povo da Camacha: Imaginem-se a receber uma média de 300€ mensais iliquidos, trabalhando bem mais que 30 horas mensais com mais de 30 alunos, mais de metade dos quais não quer estar ali.
As pessoas ignoram sempre que vida de professor/explicador requer trabalho extra.

Se eu quisesse clientela desta, estava a dar aulas numa escola, e certamente não teria tirado a licenciatura pré-Bolonha que tirei,nem frequentado os mestrados que frequentei!
No dia em que a gota de água fez transbordar o copo, saí.
[Mas ainda conseguiram abrir uma torneira por cima dele...]
Não achei piada ao número de pessoas que me reencaminhou o cartaz da casa do povo onde pediam um professor para o ensino secundário, e é exactamente para elas que escrevo este texto.
Portanto, continuo com uma sala de explicações no Funchal.
Agora, o problema da sala no Funchal resume-se a isto: preciso de (mais) alunos, numa altura em que existe um explicador em cada esquina.
Ora todos os meus explicandos, alunos, e mesmo ex-professores poderão confirmar que eu não sou "um explicador" qualquer(e já ando nisto há duas décadas).
E também poderão confirmar que eu não estou para me chatear com quem não quer trabalhar, e mando "passear"!

Eu gosto de deixar material disponível para toda a gente, mas nem sempre isso é possível.

No caso de software para calculadoras, perguntam-me como garanto que os alunos não distribuem...
Bem, eu gostaria de poder confiar em toda a gente e poder garantir que bastava os alunos darem a sua palavra. Suponhamos, que num dos ecrãs iniciais nas máquinas a cores aparece uma foto do aluno para quem o software está autorizado, e que a instalação é um pouco mais complexa que o habitual, complicando a vida a quem quiser copiar...
Por outro lado, o software é sempre escrito por forma a não substituir o trabalho do aluno.


Digam-me lá como é que se sobreviver com 300€/Mês neste país quando o estado ainda decide levar um bom bocado?
E emigrar não é a melhor opção? Eu acabei o secundário com uma média alta, com alguns 20's. Eu fui o melhor aluno do meu curso no ano em que acabei a licenciatura...
Mas a (des)honestidade do nosso sistema de ensino superior (a que se aliou a minha saúde) fez-me largar 2 mestrados e garantir que neste país não volto a pagar do meu bolso(que está vazio) para regressar a uma instituição de ensino superior.
Claro que há sempre a hipótese de alguém me contratar para fazer outra coisa qualquer.

O meu contacto telemóvel está oculto na imagem, mas garanto que está disponível no meu cartão.
Depois de ter tido de bloquear os chatos do Barclays no meu telemóvel achei boa ideia ter algum cuidado com os sítios onde partilho o meu número.

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