Nas últimas duas semanas passou-se tanta coisa que "tenho os neurónios derretidos".
O incêndio na antiga fábrica da Insular, no Funchal, fez com que o acesso à travessa da Malta fosse fechado por uma semana, tornando-me mais uma vez em "explicador de café".
Obrigou-me mais uma vez a reavaliar os meus dilemas.
Não posso nem vou ser explicador o resto da minha vida, e isso já tinha percebido no passado.
No entanto, este mundo idiota bloqueou-me muitas opções.
Por outro lado, a minha idade...
É nestas alturas que recordo-me de frases como:
"Fazer avaliação para quê? Vocês não percebem nada disto."
"Eu não queria dizer-lhe isto, mas está a ser vítima de má vontade por parte dos meus colegas"
"Em análise não se usam teoremas da álgebra"
"Isto está errado porque tenho mais experiência do que tu" (a justificação, ainda hoje mexe com o meu sistema nervoso)
... e uma pilha de muitas outras.
As pessoas não compreendem nem têm de compreender as minhas decisões ao longo da vida. Mas posso dizer que algumas tiveram a ver com a necessidade de paz, sossego, saúde, e ter tido de descartar pessoas que deixaram de merecer qualquer tipo de confiança da minha parte.
Dava-me mesmo jeito ter uma bola de cristal com a qual eu possa espreitar o meu futuro.
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