sábado, 23 de março de 2019

A minha foto de capa do facebook


A vida ensina-nos muitas coisas, por vezes à força.
Não é um certificado, uma nota ou mesmo aquilo que sabes que diz o que vales.
Eu sei muito mais do que dizem os meus certificados.
Deixei de acreditar neles no dia em que percebi que a avaliação não só não é um processo objectivo, nem uniforme, como até por vezes, é injusto.
Senti-o na pele, e por vezes vejo-o nos meus explicandos.

Aqui nas redes sociais, abundam as frases feitas.
Ninguém pensa bem nelas, mas partilham porque no momento parece bem. Parece correcto.
"Queres conhecer verdadeiramente uma pessoa? Repara como ela te trata quando já não precisa de ti."
A dar explicações há mais de 20 anos, habituei-me a ser procurado só quando precisam de mim, e esta frase diz-me muito.

Já conheci boas pessoas de muitas crenças e religiões. E más pessoas de muitas crenças e religiões.
Percebi que não é isso que faz uma boa ou má pessoa.

Já expliquei esta imagem a muitas pessoas desde que escrevi o programa que a gerou.
As pessoas ao invés de compreender que a imagem foi criada com um processo matemático perguntam-me porque não fui para informática. Podiam perguntar-me porque não fui para Física, para Artes, para música... Fui para o que eu quis!
E desviam o assunto sem perceberem que estão a desrespeitar-me... Eu estava apenas a apresentar uma imagem, gerada no plano complexo, pelo método de Newton-Raphson (método das tangentes) à função f(z)=z³-1.
Quem sabe o que realmente é percebe que não é nada de especial, mas que a imagem é engraçada.

Não preciso de um certificado para me dizer o que eu sei ou valho.
Um certificado, é, afinal apenas mais uma capa, e os livros não se avaliam pelas capas.

Fiquem com as capas.
Esta é apenas uma foto de capa que partilho convosco, que na verdade não vos dá grande avaliação sobre mim...
Agora vou-me ou perco o autocarro para casa.

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