O estado português não é "pessoa" de bem.

Ontem fiquei chocado com esta notícia:

https://www.publico.pt/2019/05/28/sociedade/noticia/autoridade-tributaria-realiza-accao-cobranca-dividas-fisco-valongo-1874408
Atenção:
A máquina fiscal portuguesa funciona bastante mal.
Há pessoas que têm dívidas que não são suas, e multimilionários com dívidas brutais que não pagam e a quem nada acontece.
Esta medida de cobrança na estrada é abuso de poder!

Há 12 anos vivia eu em Lisboa e recebi uma notificação do fisco com ameaça de penhora de todos os meus bens. A carta começava mesmo assim, sem me dizer que "crime" cometi.
Supostamente eu tinha uma dívida.
Não, não tinha (...) mas eles achavam que sim, e eu ou pagava ou, de um momento para o outro passava a sem-abrigo. (Não paguei... o erro era deles, e eram eles que me deviam dinheiro)
Depois da primeira, contactei-os e fui bombardeado (tipo spam)  com cartas (ameaças) das finanças!
Como um ladrão a apontar-me uma arma e a dizer "A carteira ou disparo."
A comportar-se literalmente como ladrões.
Quem lhes deu este poder?
Cheguei à conclusão de que preciso de ter dinheiro à mão, intocável por esta cambada de ladrões, para casos de urgência.

Podiam muito bem ter me tornado num sem-abrigo!

Depois, vejo casos como o do Joe Berardo que "nada" tem em seu nome, (ok, tem uma garagem), e portanto não tem dívidas, é intocável pelo fisco e pelos bancos, e ainda se ri.

Quando o Pedro Passos Coelho, (aquele primeiro ministro português que não pagou à segurança social "porque não sabia que tinha de pagar") quis tornar obrigatório a e-factura, exigindo que pedíssemos factura de tudo, senti uma revolta bem má. O estado português não é uma pessoa de bem. Rouba-nos e em caso de atraso, ou mesmo falha do sistema, somos nós que somos tratados como ladrões!
(Roubam-nos e chamam-nos contribuintes).

Quero mesmo ter esta máquina na qual não confio a ter toda a minha vida financeira debaixo de olho?

Uma máquina que complica a vida a gente honesta, mas deixa os desonestos a viver à grande.

Até à próxima.

A "regra de Chain"

Quarta-Feira, 21 de Maio de 1997, 16h00m
Local: uma biblioteca de uma universidade pública... 

Numa mesa com três estudantes de Matemática... Dois rapazes (um deles, eu) e uma rapariga.
-- Olha, a minha primeira aula aqui foi Análise I. Meti a cabeça na sala e vi um gajo com uma capa aberta a copiar para o quadro. Sentei-me. E vi o gajo a continuar a copiar. Passados uns minutos concluí que aquilo não podia ser uma aula e saí. Pensei que era praxe. No dia seguinte, voltei, sentei-me. Era o mesmo gajo. Aquilo eram mesmo as aulas. Não era praxe... 
Acho que devia desconhecer o significado de "know by heart".
(Silêncio...)
-- O que é esta "regra de Chain" que a tipa de Análise IV usou nisto?
-- "Chain" deve ser o pior nome para um matemático. Em inglês ia fazer confusão com a regra da cadeia de "Análise III" . Espera... deixa-me ver isso.
Passam-se uns segundos enquanto eu olhei para o caderno.
--Isto É a regra da cadeia! A mulher deve ter visto "chain rule" e pensado que "Chain" era um matemático!
Olhámos uns para os outros e partímo-nos a rir.
-- Não pode ser!
-- Se o Carlos diz, eu acredito.
A rapariga olha para o caderno
-- Eu estou a ver mas não quero acreditar!
-- Eu já estou farto destas tretas. Vou para a sala de computadores.
-- Já não temos nada de informática. Que vais fazer?
-- Jogar Quake.
-- E não estudas?
-- Vou deixar de ir às práticas de Análise IV. Estudo em casa quando me apetecer. Se é para ter uma gaja a me dizer disparates... eu ainda tenho entalado aquele "ponto fixo" do cosseno que a gaja disse que não existia "porque é uma aproximação". Consegue-se provar pelo próprio teorema do ponto fixo de numérica, (que é um caso particular do de Banach de Análise IV), pelo de Bolzano, mas ela disse-me na cara "não existe porque é uma aproximação."
-- Ya! Realmente fizeram um abaixo assinado para o João ######### mas deixam esta intelectual aqui.
-- Eu tive uma dezena de cadeiras no 12º, fiz Matemática e Física com 20 e tinha média para ir para qualquer curso em qualquer lado, e vim parar a esta merda. 

Quando eu acabar o curso nunca mais quero por aqui os pés. Até amanhã.
Disse e saí em direcção à sala de informática, a sala 15.
Passei umas duas horas a jogar e depois fui para casa...

---

• Não é por "todos" gostarem de um professor que ele é bom. Deixei de ir às práticas de Análise IV. A nota mais alta foi a minha. 
• Nunca fui grande jogador de Quake... mas dar uns tiros descontrai.
• Engraçado saber que do 5º ao 9º tive 5 a Matemática (escala 1-5) e no secundário acabei com média de 20 (1-20)... e os piores professores que tive na vida, foram professores de ensino superior. Péssimos profissionais!
• Atenção que não estou a dizer que foram todos, ou muitos. Não estão a ser quantificados. Também tive professores muito bons!
• Tipos bem mais nabos do que eu dão aulas no ensino superior e andam a fazer #$%#$##$ a olhos vistos, sem qualquer tipo de fiscalização rigorosa e sem qualquer penalização.
• Não estejam à espera que eu algum dia esqueça. Releiam o texto, e compreendam o porquê. Há mais 'peças' neste puzzle... que até estão espalhadas neste blog, para quem tiver pachorra e tempo.

Até à próxima.

Sentido de humor...

Quem não tem sentido de humor devia ser proíbido de ter acesso à internet.
Uma das coisas que tem atrasado o lançamento do meu canal youtube, é mesmo ter visto algumas atitudes extremistas e ridículas de desconhecidos a piadas minhas.
No facebook, a minha atitude é simples: não respondo e bloqueio a pessoa. Deixa de ver os meus comentários e piadas, e perde a capacidade de me dirigir a palavra.

Ao ver um programa de TV, se não gosta, pode mudar de canal!
Na internet, façam o mesmo. Não gostam, não incomodem, mudem de sítio.

Melhor ainda: se não têm sentido de humor, desapareçam do mapa!

Uma piada sobre seja lá o que for a ser levada como insulto pessoal, por um desconhecido, só me mostra que o 'políticamente correcto'  é um conceito errado!

Se não gostam do que eu escrevo, não leiam. Se acham ofensivo, o problema é vosso.

Não preciso de leitores de má qualidade.

Mau profissionalismo

Uma das coisas que percebo quando me chegam explicandos, é se têm um professor que é ou não a pessoa ideal para dar aquela disciplina/cadeira.

E o que me preocupa, é quando percebo que não é!

Em Matemática, um professor que "bombardeie" os alunos com um monte de regras e um número mínimo de exercícios para cada regra, ignorando que os alunos têm outras cadeiras, certamente não deveria estar ali!

(Como já disse noutros posts, até viola o próprio conceito de Matemática).

Pior ainda, é quando se encontram erros que percebemos vir do professor, que demonstram que o professor de facto, não está à vontade com aquele assunto, e sabemos que o professor dá a cadeira há anos!


Da mesma forma, um explicador que não está à vontade com uma disciplina, não deve "dar explicações" dessa disciplina... é mau profissionalismo!

spam curioso

Hoje ao abrir a minha caixa de spam do gmail havia um email com o título
cpaulof:XXXXXXXXXXXX

Onde os  XXXXXXXXXXXX eram-me muito familiares. Era uma minha password (bem antiga) de uma das minhas contas email.

O gmail avisou-me que era uma mensagem perigosa.

O artista dizia ter obtido a minha password num site de vídeos para adultos e que eu tinha bom gosto (???). Depois tentou chantagear-me, dizendo que teve acesso à minha webcam, e tinha provas que era eu, a ver o tal site, e que ia encaminhar para vários contactos meus, do meu messenger, e para a minha namorada!
[Força... de acordo com o meu facebook eu namoro a "Matemática/Ciência" que é outra conta minha, que eu uso quando a minha conta habitual tem problemas ou quando preciso de navegar anonimamente!]
A minha namorada depois partilha comigo!

E que queria um donativo de 966 US dolars. Que eu podia pagar em bitcoins para ele/a esquecer.

Que não valia a pena eu ir à polícia.

---

Bom. Eu já não uso aquela password há imenso tempo (anos).
Eu mudo de passwords regularmente.
Mas tenho curiosidade em saber como foi obtida...
Não, eu não visito sites desses. Tenho mais que faça.
Mas é possível que uma das janelas fechadas pelos meus ad-blockers seja de um site desses. Principalmente quando tenho de visitar o piratebay.
[Não me venham com falsos moralismos: há usos legítimos para o piratebay, e deixo-vos usar a vossa imaginação]

Tenham cuidado com estes extorcistas.

Não se ponham em situações de risco e tenham juizo.

Até amanhã.

Andamos aqui a entreter-nos uns aos outros...

Hoje é daqueles dias em que estou bem cansado.
Passei o dia em explicações e a resolver exercícios.
Que aprendi eu a resolver exercícios? Nada.
Há exercícios cujas resoluções que são entregues aos meus explicandos estão erradas.
Preferia que entregassem soluções, obrigava-os a usar o cérebro e a trazerem dúvidas. Parece que "usar o cérebro" não é a intenção.
Parece que a intenção é bombardear com montes de regras e ver se sabem usar.

Com alguns programas estupidamente extensos onde só se despeja informação, usar o cérebro é um luxo.
No caso da Matemática, onde agora, em muitos sítios se despejam teoremas, sem demonstrações... o que até é insultuoso para a própria Matemática, dá a ideia que se estão a impor dogmas e que os alunos têm de ter fé neles -- tem piada quando se encontram erros.
Os alunos não sabem porque funciona, mas foi-lhes dito que funciona.

Estamos no século XXI... se é para usar sem saber porque funciona, faz mais sentido por-lhes uma calculadora "que faça tudo" na mão.
[Quanto estão a ver TV, fazem ideia do que cada circuito está a fazer? É porque é isso que vocês estão a fazer à Matemática...a tornar numa coisa que se usa sem saber como ou porquê funciona]

Garanto que não é com overdose de regras que se ensina Matemática.
Isso é método para pregar uma religião!

Eles fazem a cadeira e no espaço de semanas esquecem tudo.

Se é para esquecer... mais vale poder usar tecnologia.

Repensem o ensino da Matemática. Muitos dos casos que me chegam são autênticos disparates! Há forma de usar beneficamente a tecnologia, se querem mesmo continuar a dar injecções hipercavalares sem justificações da matéria.

É insultuoso.
Porque isto não é Matemática... é andar a entreter as pessoas.

Hora de arrumar e ir para casa.
Até amanhã.

Contas de sumir

Isto de pensar no meu futuro, na minha reforma...
Faz-me pensar que o sonho mais optimista deve ser não chegar à idade da reforma.
A minha saúde deve ajudar...
Isto porque a minha "reforma", se eu a receber deve ser uma bela miséria.
Não me estou a ver a dar explicações até bem velho.
Os jovens em geral já não têm grande paciência para me aturar.
Sou matemático e "sou velho". (Chega a todos)
Tirando os meus disparates online, nunca publiquei nada que preste.
Fui "sabotado" algumas vezes.
E passo os dias "sozinho" a dar explicações a pessoas que vêm e vão.
Ninguém "fica".
São horas de arrumar. Ir a casa dormir, para amanhã bem cedo voltar cá, a esta rotina de pessoa sem vida. De morto que sabe que está morto... mas ainda tem um corpo a funcionar.

Durmam bem.

Isso está errado.

-- "Isso está errado".
-- "Copiei do quadro".
-_-
Acontece! Por vezes até me mostram fotos do quadro.
Não é por isso que deixa de estar errado.

Se há aqueles professores que percebem e se corrigem sem se armar em parvos,
há pessoas que erram e não admitem os erros. Mesmo se lhos mostrarmos e forem bem descarados!
Não me falem em habilitações.
Tenho imensos casos, meus, de ex-alunos, de ex-explicandos.

Pessoas que exactamente por terem esse orgulho idiota, não servem para professores, mas estão ali, e dali ninguém os tira.

Recordo que uma vez me deram um zero num trabalho..., num mestrado
"Isto está errado porque tenho mais experiência do que tu".
(Em MATEMÁTICA?)

O meu trabalho estava 100% certo. O cabrão do professor só queria mostrar a sua prepotência e as suas regras.
"Já desististe de um mestrado. Vais fazer o que eu quero, como eu quero."

Está entre aspas porque foi-me dito mesmo assim. Está escrito em dezenas de páginas deste blog.

Disse-me coisas piores. E o anormal era 'protegido'... vi a minha vida tornar-se num belo filme de terror.

Uma vez na licenciatura vi uma prof dizer-me que "f(x)=cos x não tem pontos fixos". Um simples gráfico mostrava a existencia, mas o raio da mulher insistiu, com a resposta mais parva que ouvi até à altura "isso é um valor aproximado por isso não existe". O teorema do ponto fixo (de Banach) , ou mesmo até o teorema de Bolzano com um corolário do Teorema de Lagrange garantiam a existência e unicidade de um ponto fixo... mas "não existe por ser um valor aproximado"? Eu pensei "nem vou perguntar sobre o pi ou sobre números transcendentes... " a sucessão de disparates chegou a um ponto que fez-me deixar de ir às aulas dela.
Com o passar dos anos, foram-me caindo à frente outros disparates dela, nunca corrigidos (!). Passei a professor, depois explicador e vários alunos e explicandos foram me trazendo outros disparates da mulher. Errar é humano... mas isto é abuso e não admitir/corrigir os erros ano após ano...é vergonhoso.

"Ela explica bem, é bem vista pelos colegas..." -- bonito. O 'politicamente correcto' existe em Matemática!

Só peço que não disparatem, que corrijam os seus erros e não os propaguem. Não há lugar para o orgulho em Matemática!

E ainda peço que sacanas prepotentes sejam exterminados, assim como quem os defende, para não terem hipóteses de voltar a fazer o mesmo.

---

PS: A nota mínima de admissão a um curso de Matemática nunca deveria ser inferior a 14.