quarta-feira, 29 de maio de 2019

O estado português não é "pessoa" de bem.

Ontem fiquei chocado com esta notícia:

https://www.publico.pt/2019/05/28/sociedade/noticia/autoridade-tributaria-realiza-accao-cobranca-dividas-fisco-valongo-1874408
Atenção:
A máquina fiscal portuguesa funciona bastante mal.
Há pessoas que têm dívidas que não são suas, e multimilionários com dívidas brutais que não pagam e a quem nada acontece.
Esta medida de cobrança na estrada é abuso de poder!

Há 12 anos vivia eu em Lisboa e recebi uma notificação do fisco com ameaça de penhora de todos os meus bens. A carta começava mesmo assim, sem me dizer que "crime" cometi.
Supostamente eu tinha uma dívida.
Não, não tinha (...) mas eles achavam que sim, e eu ou pagava ou, de um momento para o outro passava a sem-abrigo. (Não paguei... o erro era deles, e eram eles que me deviam dinheiro)
Depois da primeira, contactei-os e fui bombardeado (tipo spam)  com cartas (ameaças) das finanças!
Como um ladrão a apontar-me uma arma e a dizer "A carteira ou disparo."
A comportar-se literalmente como ladrões.
Quem lhes deu este poder?
Cheguei à conclusão de que preciso de ter dinheiro à mão, intocável por esta cambada de ladrões, para casos de urgência.

Podiam muito bem ter me tornado num sem-abrigo!

Depois, vejo casos como o do Joe Berardo que "nada" tem em seu nome, (ok, tem uma garagem), e portanto não tem dívidas, é intocável pelo fisco e pelos bancos, e ainda se ri.

Quando o Pedro Passos Coelho, (aquele primeiro ministro português que não pagou à segurança social "porque não sabia que tinha de pagar") quis tornar obrigatório a e-factura, exigindo que pedíssemos factura de tudo, senti uma revolta bem má. O estado português não é uma pessoa de bem. Rouba-nos e em caso de atraso, ou mesmo falha do sistema, somos nós que somos tratados como ladrões!
(Roubam-nos e chamam-nos contribuintes).

Quero mesmo ter esta máquina na qual não confio a ter toda a minha vida financeira debaixo de olho?

Uma máquina que complica a vida a gente honesta, mas deixa os desonestos a viver à grande.

Até à próxima.

Sem comentários:

Este blog recusa-se a utilizar o Acordo Ortográfico de 1990