Q: Porquê escrever um texto num blog e não o publicitar numa rede social?
R: Assim, só quem se lembra que eu existo...procura e lê.
Q: Mas assim não tem menos leitores e menos receita?
R: Não é para eu ter mais ou menos leitores que escrevo. Não são as receitas do Adsense que me levam a escrever. Num mundo onde mandamos mensagens e existem pesssoas que não respondem sem motivo aparente, prefiro escrever num blog.
Q: Não é meio 'esquizofrénico'?
R: Só se tivermos a certeza que ninguém lê.
Q: Há muitas pessoas a não responder às suas mensagens?
R: Algumas. Principalmente às 'tem uma mensalidade em atraso'. Ahaha!
Q: E sem ser dessas?
R: Também há... A vida actual é complicada. Quero acreditar que não respondem porque estão sem cabeça, ou porque não têm tempo. Quando percebo que 'não estão para me aturar' tento descobrir 1º porquê e depois, não chateio mais...
Q: Li aqui no blog que fechou a conta no Instagram...
R: Sim, fechei. Não quero falar mais disso. Fique-se pelo que escrevi.
Q: Tem uma tag 'Nesta vida de matemático solitário'. Sente-se sozinho?
R: Nunca fui muito social, mas depois de ter abandonado a Universidade da Madeira e dois mestrados (com boas razões para isso) fui meio ostracizado... O facebook, por uns tempos deu-me a (falsa) impressão que até conseguia ser um ser social. Desisti...
Q: Não respondeu...
R: Peço desculpa. Sim, às vezes sinto-me. Mas entre ter uma pessoa a aturar-me obrigada e estar sozinho, prefiro estar só.
Q: Nas explicações...
R: Uso a mesma filosofia. Se não querem aturar-me não venham... É frustrante tentar ajudar quem não quer ajuda.
Q: Arrisca-se a ficar sozinho.
R: "mais vale só que mal acompanhado". Diga-me ... sou má companhia?
Q: Quem faz as perguntas sou eu! Não, não é! Como é a sua relação com os seus explicandos após o fim das explicações?
R: Quando tudo corre bem, cada um vai à sua vida, mas de vez em quando trocamos mensagens, ou conversamos no autocarro, ou aparecem para um café.
Q: E quando corre mal?
R: Tenho tido alguma sorte nisso. Têm regressado para uma nova ronda... E na nova ronda costuma correr bem. Mas sim, há sempre alguns que vão embora e nunca mais sei nada deles.
Q: Deixam saudades?
R: É difícil trabalhar com alguém de quem não gosto. Trabalhando por conta própria dispenso esses casos... Agora, as pessoas com quem trabalho vários anos, corra bem ou mal, deixam sempre saudades. Escrevi aqui no blog há tempos.
Q: E como se sente quando não sabe mais nada deles?
R: Fui meio ostracizado... são só mais umas pessoas para a lista. Há pessoas que eu gostaria que mantivessem o contacto. Raramente acontece... Tive e tenho sempre de me habituar.
Q: Custa?
R: Custa sempre.
Q: Porquê Matemática?
R: Porque gosto.
Q: Só? Não há nenhuma razão especial?
R: Sim. Há. Faz parte de quem sou... Não vou dar melhor resposta que esta. Ahaha.
Q: Vai mesmo largar as explicações?
R: Ainda não sei... são vários anos. Se não consigo ajudar as pessoas, se calhar é melhor mudar. Por isso é que preciso das opiniões sinceras delas. O 'silêncio' não ajuda. Posso ter a percepção que 'fiz tudo', mas a pessoa achar que não, ou que 'fiz tudo errado', se não diz nada... satisfeita não deve estar porque as pessoas satisfeitas manifestam-se logo.
Q: Podem só não querer responder. Os resultados foram assim tão maus?
R: Na verdade, 'maus, maus', só mesmo algumas notas do secundário. Em minha defesa, eu acho mesmo que fiz tudo o que me foi possível. Só que a natureza daquelas notas mostra-me que o meu 'tudo' não foi suficiente.
Q: Não está a trabalhar sozinho, há professores, e quem resolveu o exame foi o aluno
R: Sim é verdade... E em alguns casos, insisti, fui chato mesmo. Porque se contacta um explicador se não vamos ligar-lhe nenhuma? Qual é o meu interesse em ver as coisas correr mal? Se as coisas não funcionam comigo, o que não faltam são explicadores. Eu quero ver as pessoas felizes... Mesmo que tenha de ser noutro lado.
Q: Mas preferia que fosse consigo.
R: Isso é óbvio. Mas para alguém meio solitário e (matematicamente) ostracizado, compreendo e respeito quem prefere mudar. Por vezes fico bem surpreendido com alguns regressos.
Q: Sente-se mesmo ostracizado?
R: Eu tenho uma boa resposta para isso, mas não a quero dar.
Q: Faço perguntas difíceis?
R: Não. Eu é que não estou com um estado de espírito que me permita responder.
Q: Muito desanimado?
R: Já passei a pior fase. Agora estou na fase depois de ter colado os cacos, a ver se a estrutura se aguenta.
Q: Se calhar só precisa de férias...
R: Não quero férias. Prefiro manter a mente ocupada nos próximos tempos.
Q: ficamos por aqui por agora. Para a próxima arranjo perguntas melhores.
R: Obrigado pelo seu tempo, e pela colaboração.
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